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Fantástica invenção

Brasileiros desenvolvem azulejos que matam bactérias

Redação Bonde
01 fev 2010 às 12:28

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- Reprodução
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Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica que permite a fabricação de azulejos e cerâmicas com proteção contra bactérias durante toda a vida útil do material.

A pesquisa começou como um projeto de iniciação científica, uma pesquisa feita por estudantes de graduação, antes mesmo que eles se formem, cujo principal objetivo é justamente a formação de novos pesquisadores.

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Thiago Sequinel, então estudante na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, orientado pelo professor Sérgio Mazurek Tebcherani, desenvolveu um método para a obtenção de nanopartículas de óxido de titânio, partículas com dimensões na faixa dos nanômetros - bilionésimos de metro - com reconhecidas propriedades bactericidas.

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Depois da graduação, já no mestrado, Sequinel conseguiu que as nanopartículas individuais fossem agrupadas para formar um filme finíssimo.

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Agora no doutorado, o pesquisador desenvolveu um processo para que essa película de nanopartículas de titânio interagisse com o substrato, ou seja, com a cerâmica, aderindo de forma permanente a azulejos, ladrilhos e pisos.


Azulejos bactericidas

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O resultado final da pesquisa são peças de revestimento cerâmico cobertas com material bactericida, o óxido de titânio.


''Por meio de alta pressão e uma temperatura de cerca de 480º C, o filme interagiu com o material'', disse Sequinel, ressaltando que técnicas anteriores necessitavam de mais de 700º C para promover a aderência dos óxidos.

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Com isso, pisos e azulejos ganham o óxido de titânio que, ao se incorporar à cerâmica, lhes confere proteção contra bactérias durante toda a vida útil da peça.


''É muito forte o apelo comercial do produto para a área da saúde'', disse Sequinel. Ele destaca que pisos e azulejos com óxido de titânio podem ser empregados em hospitais, restaurantes industriais, indústrias alimentícias e qualquer lugar que necessite de um alto grau de assepsia.

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Da ideia ao produto


O reconhecimento veio rápido, dando uma ideia da importância da inovação. Em 2008, o projeto da cerâmica bactericida venceu a etapa continental de uma competição internacional que avalia produtos desenvolvidos por estudantes e que ainda não tenham participação de empresas.

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Agora, Sequinel conquistou o primeiro lugar etapa mundial do Idea to Product Competition 2009 (I2P). O pesquisador integrou a equipe Nanoita, junto com Tebcherani e mais dois professores, René Rodrigues Fernandes, da Fundação Getúlio Vargas, e José Arana Varela, seu atual orientador de doutorado na Unesp.


O principal objetivo do I2P é incentivar que ideias com bom potencial de comercialização ganhem o mercado. Por isso, o primeiro prêmio envolve a quantia de US$ 10 mil a fim de dar o impulso inicial ao novo negócio.


''Estamos negociando o licenciamento de fabricação com três grandes empresas cerâmicas'', disse Sequinel.

Fonte: Inovação Tecnológica/Agência Fapesp


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