A cama box surgiu e logo virou febre. Prática, rapidamente se tornou queridinha e, durante muito tempo, foi destaque nos quartos. Mas como todo reinado chega ao fim, agora, quem reassume seu antigo posto é a cama tradicional. Ela voltou com tudo na decoração e é, cada vez mais, sugerida em projetos residenciais.
Segundo a arquiteta Estela Netto, a adesão às tradicionais camas em detrimento do modelo box se dá pelo fato de os quartos estarem cada vez menores. "A cama box, que é um móvel bastante volumoso, costumo até brincar que parece um bolo de casamento, prejudica o layout do dormitório, ocupando muito espaço. Além disso, as camas com colchão são mais confortáveis, já que as pessoas, ao se sentarem, ficam numa altura agradável", conta.
As antigas camas voltaram, mas a proposta é nova, mais adequada à vida moderna e aos espaços mais econômicos. "As camas agora têm um design mais limpo, simples. A atenção se volta à cabeceira e não ao móvel em si", ressalta Estela. A design de interiores Iara Santos concorda e dá um exemplo prático: "Em um dos meus projetos, usei uma cama flutuante, pois os pés ficavam recuados. Ela era tradicional, mas o revestimento em couro muito nobre e o colchão alto e confortável, com um cobre-leito tipo envelope, davam o toque moderno".
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Além de couro, pode-se ainda lançar mão de outros revestimentos para a cama antiga ganhar ares mais atuais. "Camurça, couro sintético, veludo e também laca ou madeira. Esses materiais deixam a cama mais bela e imponente", garante Iara. E Estela também tem dicas: "A cabeceira e o restante desse móvel podem ser estofados ou laminados. Esses revestimentos dão mais charme e aconchego às camas".
Projeto da arquiteta Estela Netto: a cama tem design mais clean e sóbrio, harmonizando com o ambiente contemporâneo, que prioriza tons pastéis e neutros