Muitos dizem que a cozinha é o melhor lugar da casa. Mas o que dizer de uma boa sala de jantar, aquela onde amigos ou familares se reúnem para uma refeição feita com capricho e depois esticam o tempo com um bom papo em volta da mesa? O prazer desse momento pode durar horas, como pode também ser abreviado, caso os móveis usados não ofereçam conforto.
A ideia apresentada pela Florense é unir duas mesas em um mesmo ambiente, ligadas pelo lustre de linhas retas.
Um bom começo é definir o tamanho da mesa e o espaço disponível para ela, para ter certeza de que as pessoas sentadas terão espaço suficiente para as pernas, para se levantarem e circularem sem incomodar os demais dos convidados. O recomendável é que exista um espaço de pelo menos 1,10 m de distância entre a mesa e a parede, de forma a permitir a passagem de pessoas. Já ao puxar uma cadeira para se sentar ou levantar, é necessário no mínimo uma distância de 50 cm entre a cadeira e a mesa.
Salas retangulares, em geral, combinam com mesas também retangulares ou ovais, também chamadas de elípticas. ''Se o ambiente for bem grande, dá para colocar duas mesas quadradas. Mas isso vai depender do uso que a pessoa faz da sua sala'', diz a proprietária da loja Thonart Móveis de Curitiba, Maria Bond Schwartsburd.
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A rusticidade da madeira é balanceada com o acrílico das cadeiras com design moderno. Projeto da arquiteta Denise Moura.
Para ambientes pequenos, o melhor é usar mesas quadradas ou redondas, que ocupam menos espaço. Esses formatos têm, ainda, a vantagem de aproximar mais as pessoas que estão à sua volta. ''Em uma mesa redonda de dez lugares, por exemplo, você senta e pode conversar com todos. O mesmo não acontece em uma retangular'', conta.
Escolhida a mesa, é hora de definir as cadeiras, que precisam oferecer conforto e ter qualidade ergonômica. Para isso, o ideal, segundo Maria, é experimentar a cadeira junto à mesa.
Mesa de design do finlandês Eero Saarinem com base elíptica em mármore e pés tulipa. Para as cadeiras, o diferencial são as poltronas nas pontas. Casa Thonart.
Os conjuntos de mesa e cadeiras estão em desuso e hoje praticamente vale tudo em torno da mesa de jantar. Desde um conjunto de cadeiras iguais, a cadeiras diferentes, passando por pequenos sofás ou mesmo cadeiras de um lado e um sofá do outro.
A arquiteta Denise Moura, que na Casa Cor 2009 compôs o ambiente Clube Gourmet com 24 cadeiras diferentes em volta de uma mesa, adverte que esta liberdade tem limites. ''Isso só pode ser feito em um ambiente muito grande. A mistura mais ousada tem que ter um percurso maior, que dê tempo para as pessoas perceberem qual é a proposta. Se for em uma mesa de seis lugares, não dá tempo para as pessoas assimilarem'', diz.
O projeto da arquiteta Denise Moura para o ambiente Clube Gourmet da Casa Cor 2009 tem 24 cadeiras diferentes, resultando em uma mistura de tradição e modernidade, artesanato e industrialização. A folhação em prata, presente em todas as peças, dá unidade.
Ela ressalta, ainda, que a mistura é recomendada apenas para espaços mais informais. ''O ambiente tem que ter um despojamento, com peças garimpadas, diferentes, para que a surpresa não aconteça só na mesa'', explica.
Ainda assim há algumas regras. Em mesa retangular, a cadeira diferente deve ficar nas cabeceiras; nas quadradas, pode-se usar dois modelos, em lados opostos. Cadeiras com braços ou os pequenos sofás consomem mais espaço e só podem ser usadas se não atrapalharem a movimentação na mesa. A vantagem é que dão mais conforto e, após a refeição, é só deixar o papo fluir.