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Eliana Pittman vem a Londrina

13 jun 2007 às 11:00
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O curta-metragem "Morre um Nome" (BRA, fic, 7 min, mini-DV, 2007), que mostra a passagem do jazzman norte-americano Booker Pittman (1909-1969) pelo Norte do Paraná, estréia neste domingo, dia 17, às 20 horas, no Bar Petiscaria, em Cornélio Procópio, com ingressos a R$ 5,00.

A sessão de estréia do filme é especial por dois motivos: irá celebrar a criação do Núcleo de Cinema de Cornélio Procópio - Emtenda Cinema (grupo formado em sua maior parte por alunos oriundos da Oficina de Realização em Cinema ministrada pela Kinoarte no mês passado na cidade); e terá como convidada especial Eliana Pittman, cantora de renome internacional, que iniciou sua trajetória artística nos anos 60, ao lado do pai Booker Pittman.

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O filme "Morre um Nome", uma realização da Kinoarte (Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina) em parceria com a Musicarte (Associação de Apoio e Incentivo Cultural de Cornélio Procópio), foi produzido nos dias 19 e 20 de maio, em Cornélio Procópio e Congonhas, em suporte digital, por 19 alunos. O curta mostra a passagem do músico americano Booker Pittman por Cornélio Procópio no final dos anos 50. Após ter se apresentado em Londrina, Mestre Buca (como era mais conhecido no Brasil) viajou por diversas cidades do Norte do Paraná. Em Cornélio, ele teria se apresentado nas casas de algumas pessoas, além de sobreviver pintando casas na zona de baixo meretrício.

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./filmagens

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As locações dividiram-se entre casas antigas, fazendas e plantações de café, assim como as estações ferroviárias de Cornélio Procópio e Congonhas, trazendo ao filme um resgate histórico. Os depoimentos de algumas pessoas que conviveram com o músico na época também reforçam essa característica.


Formado por pessoas de várias áreas profissionais, mas todas com uma característica em comum - a paixão pelo cinema -, o grupo dividiu várias funções, desde a criação do roteiro, direção de cenas, produção e fotografia, até a montagem e edição de créditos.

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Todos muito motivados pela didática das aulas, que permearam teoria e prática em um ritmo rápido e muito produtivo, os alunos foram simultaneamente, ouvintes e executores, aprendendo com a prática efetiva a fazer cinema. Muitos descobriram que fazer cinema não é só o glamour das câmeras, mas sim muito empenho e trabalho, como revela, Ana Cristina Krüger, que trabalhou na equipe de produção do filme: "Eu sempre tive curiosidade em saber como seria produzir um filme, assistia a todos os making of a que tinha acesso e sentia-me atraída pela dinâmica da produção. Com a oficina, pude sentir na pele a adrenalina dos bastidores e constatar aquilo que os professores nos disseram logo no primeiro dia - fazer cinema é um grande trabalho em grupo: todos são importantes para a concepção de filme. Acredito que esse foi um grande aprendizado para mim, ter humildade parar conviver harmoniosamente com a diversidade presente no grupo".


./elenco

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Grandes surpresas aconteceram durante a oficina. Pode-se citar a revelação do Sr. Antônio Maria, ator que interpretou Booker Pittman. Seu Antônio nunca havia representado na vida. Aposentado, trabalhou no Sindicato dos Ensacadores de Cornélio Procópio e exerceu a profissão de saqueiro durante muitos anos. Encontrado por Larissa Krüger e Ana Cristina, integrantes das equipes de fotografia e produção, Seu Antônio foi escolhido pela semelhança física com o músico, mas revelou muito mais durante as filmagens. Sua sensibilidade artística natural resultou em cenas tocantes, que confundiram até mesmo Eliana Pittman, filha de Booker, ao assistir ao curta-metragem em sua casa no Rio de Janeiro. Ela perguntou a Rodrigo Grota, professor de direção da oficina, onde a produção havia conseguido as imagens de arquivo, sendo que na realidade, quem estava ali, representando surpreendentemente, era Antônio Maria. Sempre calado e solícito, Seu Antônio foi indagado por uma aluna durante a oficina, se estava feliz, ele disse: "Estou muito feliz, me divertindo muito".


Wagner Munhê, que já havia participado de outras oficinas da Kinoarte, impressionou-se com a quantidade de coincidências boas que colaboraram com o resultado extremamente positivo que se pode ver em "Morre um Nome": "Foi impressionante, quando precisávamos resolver algum imprevisto, de alguma forma a solução aparecia. Além disso, a oficina se desenvolveu com muita leveza e rapidez, culminando com a finalização do filme em apenas três semanas, devendo-se grande parte desse sucesso à habilidade dos professores Rodrigo Grota, Anderson Craveiro e Bruno Gehring em conduzir os diversos talentos encontrados entre os participantes de forma produtiva e harmoniosa. Esses rapazes estão de parabéns!"

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./emtenda cinema


O Núcleo de Cinema de Cornélio Procópio – Emtenda Cinema, que será lançado neste domingo, pretende manter acesa a paixão por cinema em seus integrantes, continuando a produção de curtas na cidade, e ainda, fomentar essa paixão na comunidade por meio da apreciação de filmes de grandes diretores nacionais e internacionais em exibições quinzenais e gratuitas. Apoiados pela parceria Kinoarte-Musicarte, o objetivo dos participantes é conhecer cada vez mais sobre cinema e levar esse conhecimento ao máximo de pessoas, por meio de produções próprias e da apreciação de grandes obras cinematográficas.

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./mestre buca


A realização da Oficina em Cornélio Procópio foi uma espécie de ensaio para a equipe da Kinoarte, que inicia no próximo dia 18 a pré-produção do curta "Mestre Buca", que já conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina via Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura). Em dois meses de produção, serão construídos cenários de época, reconstituindo a realidade dos cabarés de Londrina dos anos 50.

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As filmagens serão realizadas entre os dias 7 e 11 de agosto em Londrina e região. O diretor de fotografia Carlos Ebert ("Bandido da Luz Vermelha", "Satori Uso") e o diretor de arte José Nietzsche ("Londrina em Três Movimentos", "Satori Uso") já estão confirmados na equipe. O produtor executivo do filme, Bruno Gehring, em breve irá divulgar o processo de seleção para estagiários no filme, além da seleção de elenco.


"Mestre Buca" integra uma trilogia sobre a Londrina dos anos 50. Iniciada com o curta "Satori Uso", a série de três filmes será encerrada com "Pausa para a Neblina", produção a ser realizada em 2008.

./mais informações
Ana Cristina Krüger 43 9107 0388
Bruno Gehring 43 9902 2669
Wagner Munhê 43 9967 0456
www.kinoarte.org.br
www.musicarte.org.br


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