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Algumas surpresas, muitas decepções

06 jun 2002 às 10:59

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Concluída a primeira rodada da Copa do Mundo, com a estréia de todas as equipes, percebe-se claramente que a tradição já não é fator determinante na definição dos resultados. A derrota da França para o Senegal no jogo de abertura do mundial foi apenas o prenúncio de uma competição em que seleções pouco cotadas apresentam um bom desempenho, enquanto favoritas decepcionam torcedores e apostadores.

No primeiro caso, incluem-se, além dos senegaleses, a Coréia do Sul, que em sua quinta Copa conquistou finalmente uma vitória; os Estados Unidos, que superaram o trauma da última colocação em 98; e o Japão, que conseguiu um bom empate com a Bélgica. No lado das decepções, além da França que protagonizou o maior vexame até agora, alinham-se Portugal, Polônia e Croácia. Os dois primeiros, após as inesperadas derrotas para norte-americanos e sul-coreanos, fazem um jogo de vida ou morte na segunda rodada. Os croatas, vencidos pelo apenas mediano México, têm que ganhar da Itália para manter vivas as chances de classificação.

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Em menor grau, Nigéria, Paraguai e China, tidos como possíveis surpresas, também decepcionaram até o momento. Os africanos pela excessiva timidez contra a Argentina. Os sul-americanos por levarem dois gols da fraca África do Sul. E os asiáticos pela total falta de talento.

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Jogo ou batalha

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Inglaterra e Argentina fazem nesta sexta o principal jogo da primeira fase da Copa. É mais um capítulo de uma rivalidade acirrada desde o triste episódio da Guerra das Malvinas, no início dos anos 80. Dentro de campo, a vingança argentina veio em 86, na melhor partida de Diego Maradona. Foram duas obras de arte e malandragem. A arte de partir do meio-campo e deixar para trás cinco atônitos marcadores, fazendo o gol mais bonito de todas as copas, e a malandragem do gol “com a cabeça de Maradona e a mão de Deus”. Duas jogadas que entraram para a história.


Lances que não saem da cabeça dos ingleses, que em 98 buscaram a todo custo dar o troco nos argentinos. Em mais uma partida emocionante, uma das três melhores do último mundial, que revelou para o mundo o craque Owen, as duas seleções lutaram até o fim pela vitória, decidida nos pênaltis a favor dos argentinos, após empate em dois gols. A rivalidade aumentou depois que o argentino Duscher, em jogo do La Coruña contra o Manchester, quase tirou o ídolo inglês Beckham do mundial em uma entrada criminosa.

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Ato falho


Felipão, pela terceira vez, ao citar os três Rs do time, se enrola todo e fala o nome de Romário. Será peso na consciência?



Nota 10

Para os torcedores e jogadores da Coréia do Sul, que fizeram uma belíssima festa na partida contra a Polônia.


Nota 0

Para a seleção portuguesa, que, além da derrota, correu o risco de levar uma goleada histórica dos Estados Unidos.


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