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Decepção em massa

20 nov 2007 às 11:00
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Decepção. Não há outra palavra que defina os últimos dias para quem acompanhou os jogos de Coritiba e do Brasil. No caso do Coxa, a derrota caseira para o Marília, diante de 43 mil pessoas, foi daquelas para entrar para a história, principalmente porque pode representar a perda do título da Série B, que parecia garantida.

É lógico que o objetivo mais importante, a vaga na 1ª divisão, já foi conquistado, mas a expectativa de fechar com chave de ouro a temporada, acabou se tornando uma ducha de água fria, com direito até a uma estúpida briga entre "torcedores" e a polícia. A agressão desproposital de um grupo de fanáticos que não sabem o que é vibrar por um clube, seguida pela reação desproporcional dos homens de farda, colocando em risco os cidadãos comuns que ali estavam para celebrar uma conquista que não veio, manchou definitivamente o ano do clube, que bateu recordes e mais recordes de público e vinha protagonizando algumas das mais belas festas do futebol brasileiro em 2007.

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Bem acompanhado

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Junto com o Coxa, outras três equipes já garantiram um lugar na elite do futebol brasileiro - ao menos enquanto as graves denúncias de suborno da arbitragem feitas pelo rebaixado Santa Cruz não são investigadas. A primeira delas é a simpática Portuguesa, um dos poucos clubes a não perder a identificação com suas origens. Quem também retorna é o Vitória, que pode não ter a mesma força das arquibancadas que o rival Bahia, mas traz de volta a alegria daquele estado, e mantém a representatividade nordestina, substituindo o América-RN na Série A. O terceiro é um digno representante de um momento de mudanças do futebol brasileiro, com clubes funcionando como empresas. Filial do Cruzeiro, agora reforçado também pelos laços estabelecidos com o Flamengo, o Ipatinga debuta na elite em 2008, esperando repetir o sucesso do São Caetano, mais duradouro do que muitos esperavam.

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Naufrágio em Lima


Com um futebol abaixo da crítica, em que apenas o zagueiro Juan e, graças a dois lampejos, o meia Kaká se salvaram, a seleção apenas empatou com o no máximo esforçado Peru, que merecia até ter vencido a partida. Mesmo contra um adversário que ainda não havia marcado gols nas Eliminatórias e que sempre se caracterizou pela fragilidade defensiva, Dunga manteve um esquema cauteloso, jogando com um trio de armadores - Robinho deixa de ser atacante quando veste a camiseta amarela - e apostando nos contra-ataques.

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O que não aconteceu em quase nenhum momento, com Ronaldinho apagado e anulado pela forte marcação, Robinho e Kaká pouco inspirados, Maicon e Gilberto ausentes no apoio ao ataque e Vágner Love mais uma vez jogando como pivô, algo que definitivamente não sabe fazer. Por isso, o gol só veio mesmo em um lampejo de Kaká, que acertou um chute daqueles, pegando de três dedos e acertando o ângulo, sem qualquer chance de defesa. O meia ainda quase fez mais um golaço, mas também ficou escondido no resto do jogo.


Bem montado na marcação, o Peru obrigava os zagueiros e volantes brasileiros a armar o jogo, o que facilitava o trabalho defensivo dos donos da casa. Que logo perceberam que o bicho não era tão feio e partiram para o ataque. Tanto que atuaram a maior parte do segundo tempo com três meias e dois atacantes, enquanto o pragmático Dunga fechou ainda mais sua equipe, que terminou o jogo com três volantes, dois meias e apenas um atacante, Luís Fabiano, isolado à frente. O treinador brasileiro deixa transparecer a cada dia que não consegue implantar variações táticas e nem sequer faz jogadas ensaiadas, apostando em um esquema de jogo que não aproveita a habilidade individual de seus principais atletas. É basicamente uma cópia mal feita dos planos tático de Parreira, que no entanto sabia ao menos escalar jogadores mais adaptados para cada função, ao contrário de seu sucessor.

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Avaliações


Júlio César - teve pouco trabalho pela ineficiência peruana nas finalizações. Só levou o gol porque foi traído pelo desvio de Lúcio - Nota 6;

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Maicon - se jogasse tudo o que corre, seria um dos melhores do mundo. Mas está longe disso - 4;


Juan - o melhor em campo, firme na marcação, com bons lançamentos para o ataque, já que os meias pouco produziam e ainda quase fez o gol de desempate, acertando o travessão - 7,5;

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Lúcio - estabanado como sempre, desviou um chute que iria para fora, permitindo o gol adversário e ainda levou o cartão, e a suspensão, numa trombada digna de filme pastelão com um zagueiro peruano - 4;


Gilberto - ninguém entende porque está na seleção, defende mal e apóia pouco - 4;

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Gilberto Silva - tem jogado pouco, e pouco tem jogado - 4;


Mineiro - sente saudades de Josué e não consegue mostra o que sabe no time de Dunga - 5;


Kaká - outro que não jogava nada até marcar um golaço e quase fazer outro - 6,5;


Ronaldinho - ninguém reparou que ele esteve em campo - 3;


Robinho - a única diferença para Ronaldinho é que ele ao menos tentou fazer alguma coisa - 4;


Vágner Love - é obrigado a jogar em uma função que não sabe exercer - 3;


Elano - entrou quando Dunga quis garantir o empate e jogou o habitual - 6;


Luís Fabiano - mais acostumado a jogar de pivô, foi bem melhor que o titular, mas passou longe de emocionar - 6;


Dunga - começou com o time recuado e aumentou a retranca no segundo tempo, para evitar a derrota para o fraco Peru - 0.


Pelo mundo


Também pela Copa de 2010, a bola rolou na África, na Ásia e na Oceania. No continente africano, três jogos encerraram o mata-mata, eliminando Ilhas Comores, Guiné-Bissau e Somália. Classificados, Djibouti, Serra Leoa e Madagascar juntam-se agora a outras 45 equipes para a 1ª fase de grupos, com oito chaves de quatro seleções.


Na Ásia, a segunda fase eliminatória terminou com as classificações de Turcomenistão, Tailândia, Cingapura e Síria para a terceira fase, em que os 20 sobreviventes serão divididos em grupos de quatro equipes, classificando os dez melhores para as chaves finais. Para Indonésia, Tadjiquistão, Iêmen e Hong Kong só resta pensar em 2014.


E na Oceania, a Nova Zelândia lidera tranqüila o grupo de quatro seleções que decide as duas que farão a final continental, que garante uma vaga na repescagem contra o quinto melhor selecionado asiático.


Na Europa, amanhã termina a luta por um lugar na Eurocopa do ano que vem. Com Polônia, Itália, França, Grécia, Alemanha, República Tcheca, Croácia, Espanha, Romênia e Holanda, além das anfitriãs Suíça e Áustria, já garantidas e Portugal e Suécia praticamente classificadas, as disputas pelos dois postos restantes estão entre Turquia e Noruega, com mais chances para a primeira, e Rússia e Inglaterra, na disputa mais indefinida da competição.


Nota 10


Para o golaço de Kaká, um dos poucos momentos memoráveis do sonolento jogo no Peru.


Nota 0

Para Dunga, que ainda não pode ser considerado um verdadeiro técnico de futebol.


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