O COI – Cômite Olímpico Internacional escolheu nesta semana as cinco cidades classificadas para disputar o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2012. E ao contrário da Fifa – que estabeleceu um rodízio entre os continentes e já marcou a primeira Copa a ser disputada em território africano para 2010, na África do Sul – o cômite deixou na disputa apenas cidades de países de primeiro mundo, acabando com as pretensões de Brasil, Turquia e Cuba, além da Alemanha, que não tinha na cidade de Leipzig tantos atrativos assim.
O COI assim apenas confirma suas posições elitistas e às vezes francamente questionáveis – ainda é muito recente o escândalo da compra de votos para a escolha da última sede dos Jogos de Inverno – que não trazem grandes benefícios ao esporte mundial. As cidades que continuam na disputa têm todas as condições de realizar uma edição excelente de Jogos, só é uma pena a exaustiva repetição de países organizadores.
Os Estados Unidos, que concorrem com Nova Iorque, a mais cosmopolita cidade do mundo, já sediaram quatro edições das Olímpiadas, inclusive a mais brega de todas, em Atlanta, oito anos atrás. A cidade dos caipiras norte-americanso derrotou Atenas, e o COI perdeu a oportunidade de festejar o centenário dos Jogos Olímpicos da Era Moderna no local onde eles nasceram. Falha parcialmente corrigida com a escolha da cidade grega para os Jogos deste ano.
Londres e Paris, também fortíssimas concorrentes, já realizaram duas edições dos Jogos; Moscou, uma – seu retorno seria válido se o ursinho Misha ressurgisse para emocionar novamente o mundo inteiro; e Madri, nenhuma. Mas os madrilenhos com certeza se esmerariam para superar o êxito dos Jogos da rival Barcelona.
As Olímpiadas aconteceram tambám na Austrália e Alemanha (duas vezes em cada), Suécia, Bélgica, Holanda, Finlândia, Itália, Japão, Canadá e Coréia do Sul. Só saiu dos países do primeiro mundo para ir ao México em 1968 e abrirá as fronteiras chinesas em 2008.
Talvez seja correto desclassificar a candidatura do Rio de Janeiro que, apesar de seus ínumeros atrativos naturais, apresenta uma série de problemas graves, ou da Turquia, mas está mais do que na hora do COI reconhecer a importância dos jogos não apenas como uma fe$$$ta do esporte, mas também como uma força geradora de oportunidades de desenvolvimento para países que não freqüentam as rodas do primeiro mundo.
A Copa na África
Quase que simultaneamente à decisõa do COI, a FIFA definiu a África do Sul como sede da Copa de 2010. É um prêmio justo a um país que durante muito tempo ficou afastado das competições esportivas graças ao terrível regime de segregação racial, mas que aos poucos se reconcilia com a sua história, sob a liderança de Nelson Mandela. E em 2014 é quase certo que a Copa seja no Brasil.
A queda
Ainda não foi desta vez que o folclórico Caixa d’Água caiu de seu cargo quase vitalício de presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, mas sua queda na escadaria da Polícia foi, além de digna de qualquer filme do cinema pastelão, o símbolo de uma era que parece próxima de terminar.
Nota 10
Por mais incrível que pareça, para Luiz Sveiter, presidente do STJD, por desconsiderar a validade do Boletim Informativo Diário da incompetente CBF.
Não tem nada a ver com esporte, mas Diários da Motocicleta é um filme imperdível.
Nota 0
Para a eterna desorganização da CBF que fez com que Parreira convocasse e fosse obrigado a desconvocar jogadores para o amistoso contra a França, importante teste para a seleção às vésperas de uma nova rodada pelas Eliminatórias.