Fim de semana excelente para Coritiba e Paraná. Longe de casa, nos alçapões de Criciúma e Salvador, respectivamente, as duas equipes mostraram competência e garra e voltam de viagem com três pontos na bagagem.
A missão do Coxa, teoricamente mais difícil pela boa fase dos catarinenses, foi facilitada por um gol-relâmpago aos 12 segundos! Daí para a frente foi resistir à pressão da torcida e aproveitar os contra-ataques. Deu certo e os 3 x 2 levaram o time de volta à quarta posição no campeonato. A Libertadores continua sendo um sonho possível.
O tricolor não almeja um vôo tão alto mas volta a figurar entre os dez melhores do campeonato depois dos 3 x 0 no Vitória. Parece que os ares de Salvador fazem bem ao time e a Saulo, que por lá conquistaram o título da Série B em 92. Marquinhos e Renaldo aos poucos se entrosam com Maurílio, e Valentim cresce de produção. E na quinta-feira, o time tem pela frente o Criciúma, podendo ganhar mais algumas posições na tabela e de quebra colaborar com o Coxa.
Já o Atlético ficou num melancólico empate, em casa, com o Paysandu. Mesmo resultado do Londrina frente ao Botafogo, líder da segundona, que tirou o Tubarão da zona de classificação.
Realidades distintas
Na ponta de cima da tabela o Cruzeiro segue cada vez mais líder. Nem mesmo a derrota no meio da semana passada fez com que a equipe perdesse a primeira colocação, por pura incompetência do São Paulo. Liderança ratificada pela goleada sobre o Bahia, que fez com que os mineiros abrissem quatro pontos de vantagem para o tricolor paulista.
São Paulo que deixou escapar a vitória contra o Flamengo, no outrora temido Maracanã, no último minuto. Mas continua na briga pelo título, junto com o Santos, que parece não sentir tanto os inúmeros desfalques e pode assumir amanhã a segunda posição.
Na outra ponta, o esforçado Goiás aos poucos chega perto de Grêmio, Fluminense e Fortaleza. Os três tricolores andam deixando a torcida de cabelo em pé. O carioca depende só de Romário, que infelizmente está cada vez mais próximo do ocaso da carreira. Os gaúchos não têm mais nem a tradicional garra e os cearenses não conseguem manter a regularidade.
Fenômeno
Nada de Ronaldinho. Fenômeno mesmo é Lance Armstrong, que apenas alguns anos depois de se curar de um câncer nos testículos conquistou um real penta-campeonato na Volta da França, mais tradicional prova do ciclismo mundial. A vitória na centésima edição da corrida coroa um atleta que desde 99 não perde em terras francesas.
Mais fenômenos
Alexander Popov e Michael Phelps deixaram o "torpedo" Ian Thorpe em segundo plano no Mundial de Natação. O "velho" russo, aos 31 anos e depois de se recuperar totalmente de uma facada que levou de um vendedor de melancias, mostrou que o limite de idade na natação não é tão rígido assim. Bom para animar outros trintões. Já o norte-americano, com seus 18 anos, tem um futuro de recordes e conquistas pela frente.
Triste é constatar que a natação brasileira, que chegou a conquistar algum espaço no grupo das grandes potências do esporte perdeu o bonde da história. Nada de medalhas, apenas uma final com Fernando Scherer, ao contrário do que aconteceu nos útimos mundiais e Olimpíadas. E olha que a natação ainda é um dos poucos esportes olímpicos bem dirigidos no país.
Temos um grande caminho a percorrer.
Dura lição
A Seleção Sub-23 viajou ao México para aprender. Jogou mal na altitude e deu a volta por cima ao nível do mar. Como na final teve que subir a serra novamente acabaou perdendo para o time da casa, equipe veterana, catimbeira e violenta em muitos lances.
Serviu como um valioso teste preparatório para o Pré-Olímpico, primeiro passo para o ouro em Atenas.
Nota 10
Armstrong, Popov e Phelps. Fantásticos os três.
Nota 0
Robinho, que agora nem tenta driblar mais.