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Crônica de uma derrota anunciada

24 jun 2003 às 10:59

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Os ares franceses não fazem bem aos brasileiros. As pífias exibições contra Camarões – primeira derrota do time principal para uma equipe africana, que antes só endureciam nas categorias de base –; Estados Unidos, que na verdade gostam mesmo é da bola oval; e Turquia – apenas um espectro do time que conquistou o terceiro lugar na última Copa, mostraram que Parreira parece totalmente perdido. Ou pior ainda, que o técnico, ao ressuscitar a dobradinha com Zagallo, resolveu retomar o trabalho de 1994, ápice do futebol de resultados que garantiu uma Copa do Mundo na única final em que nenhum gol foi marcado.

É a única explicação para a insistência com Lúcio e Émerson, que há muito deveriam ter sido excluídos da equipe ou pela ausência de Alex no time titular. Os breves lampejos de bom futebol surgiram quando o craque do Cruzeiro esteve em campo e assumiu a responsablidade de reger o time. Pena que os demais, com honrosas exceções para Dida, Beletti, Maurinho, Juan e Adriano (o do Parma), não tenham acompanhado seu ritmo.

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Até na hora de mexer Parreira mostra que ousar não é o seu forte. Troca sempre seis por meia dúzia e não percebe coisas óbvias, como a irresponsabilidade de Lúcio, que no segundo tempo contra a Turquia atuou quase que como um atacante, deixando a zaga totalmente desprotegida. Se não rever alguns conceitos e táticas o caminho até a próxima Copa será muito mais árduo do que o esperado. E o pior é que o auxiliar técnico serve apenas para estimular os jogadores ou soltar brados destemperados para os microfones. Triste.

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Mas como essa Copa das Confederações só serve mesmo para encher o bolso das equipes participantes, a derrota não deve ocasionar grandes modificações. Até porque – ao contrário de Leão que caiu após uma participação medíocre como esta – Parreira e Zagallo estão totalmente integrados no esquema da CBF, ou seriam as estranhas convocações mera coincidência?

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Oportunidade perdida


Se o Coritiba não permitisse por duas vezes o empate do Bahia estaria hoje ocupando a segunda posição no campeonato. Se o Paraná tivesse aproveitado as chances criadas e não tivesse sido prejudicado pelo árbitro Márcio "Ruimzende" de Freitas, o Coxa estaria isolado em segundo e o tricolor entre os oito primeiros. Mas como "se" não existe, o alviverde conquistou apenas um pontinho e o Paraná nenhum.

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O alviverde cotinua bem posicionado enquanto que o Paraná caiu demais e já começa a se aproximar perigosamente da parte de baixo da tabela. O Coritiba tem pela frente um osso duro de roer, o impressionante São Caetano, sem estrelas, com o elenco reformulado a cada temporada mas sempre ocupando posição de destaque. Quem vencer livra três pontos de um adversário direto.


Já o Paraná precisa retomar o bom aproveitamento dentro de casa, agora contra o Atlético Mineiro, para depois começar a ganhar pontos fora.

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O Atlético aproveitou a folga para se divertir com os garotos da Seleção Sub-20, cheia de desfalques e que nem de longe lembrou outras gerações mais talentosas. Agora pelo menos não terá mais os desfalques dos selecionáveis na dura partida contra o Vitória, em Salvador.


Nota 10

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Para Camila Comin, que conquistou dois ouros no Brasileiro de Ginástica Artística.


Nota 0

Para Parreira, Zagallo, Ricardo Teixeira e seus pupilos Lúcio, Émerson, Ilan, Kléber, Klebérson, Ronaldinho Gaúcho, Ricardinho e outros que não jogaram nada na França.


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