Enquanto Flamengo e Corinthians são obrigados, graças a ganância e estupidez da diretoria paulistana, a jogar no pasto do Limeirão; em Portugal, gramados perfeitos permitem o show de alguns dos principais jogadores do mundo. Se a Eurocopa começou em marcha lenta, as últimas partidas foram de empolgar. A histórica virada de República Tcheca, que perdia por 2 x 0, sobre a Holanda, a ferrenha batalha entre portugueses e espanhóis pela vaga à segunda fase. As belas vitórias de França e Inglaterra na definição do Grupo B provam que a competição é realmente a segunda melhor do mundo, atrás apenas da Copa do Mundo, que acrescenta às potências européias o talento e a garra sul-americanos, e a alegria dos africanos.
E a partir da segunda fase as partidas devem ser ainda mais emocionantes. Das partidas já definidas, a que chama mais atenção é o confronto entre Inglaterra e Portugal, seleção inflamada por Felipão que suou muito para superar os rivais ibéricos e voltou a se colocar entre as favoritas ao título. Não tanto pelo bom futebol e sim pela disposição dos jogadores.
Disposição, aliada a talento e entrosamento, que não falta também aos surpreendentes tchecos, classificados com uma rodada de antecedência. Já os franceses continuam mostrando-se competitivos e, apesar do envelhecimento da equipe, continuam com grande chances de chegar ao título. Mas antes precisam passar pela zebra grega, que não apresenta um futebol de encher os olhos mas marca como ninguém.
As outras três vagas serão disputadas ponto a ponto por Suécia, Dinamarca e Itália (os botinudos da bota são grandes candidatos à eliminação precoce) no Grupo C; e Holanda e Alemanha no Grupo D.
Final inusitada
A semana tem também o primeiro confronto final da Copa do Brasil. De um lado um modesto mas tradicional Flamengo, que costuma vencer as decisões, mesmo quando o time não anda bem e do outro o surpreendente Santo André, que superou com méritos a grande zebra da competição, o XV de Novembro de Campo Bom, e vem embalado.
Curioso é que as duas equipes ocupam a zona de rebaixamento do Brasileirão. O Mengo por absoluta incompetência dentro de campo na Série A e o Ramalhão por ter perdido 12 pontos nos tribunais na Série B.
Talento para perder
Barrichello surpreendeu e marcou a pole em Indianápolis, superando o estigma de ser o único piloto que não havia largada na frente do companheiro de equipe na temporada. A posição privilegiada lhe daria a melhor chance do ano de conseguir a vitória mas parece que Rubens tem talento para perder.
Se partiu bem e foi protegido por Schumacher do ataque de Sato na largada, Barrichello nada pode fazer contra o alemão queixudo quando o carro madrinha saiu da pista após o múltiplo acidente da primeira volta.
A partir daí, perdeu tempo ao entrar nos boxes junto com o companheiro de equipe – o que colocou cinco adversários entre os dois – e voltou ao papel de coadjuvante. Ainda tentou uma ultrapassagem sobre Schumacher, quando tinha um carro visivelmente melhor, mas, a exemplo do Canadá, tentou apenas uma vez e desistiu. è com certeza o melhor segundo piloto de todos os tempos e devia assumir de vez este honroso título.
Na monotonia da corrida, apesar dos acidentes típicos das corridas em ovais, só mesmo o "japonês voador" Takuma Sato para despertar o público. O herói da terra do sol nascente não se conforma em andar atrás de ninguém e ultrapassa, nem que seja na marra, quem teima em ficar a sua frente. Não é a toa que virou o novo astro da Fórmula Um e conquistou um merecido pódio.
Tarde do Capetinha
A mesma incompetência para vencer de Barrichello acometeu o Atlético no jogo contra o Vitória. Ilan cansou de perder gols, no que foi muito ajudado pelos companheiros, e em dois contra-taques o rubro-negro baiano da dupla Enilton e Edilson ganhou a partida. E apesar da reação que resultou no gol de pênalti de Dagoberto, o Capetinha ainda teve tempo de marcar seu terceiro gol na partida, após tentativa desesperada do goleiro Diego de fazer um gol de cabeça. O toque final de uma tarde sem brilho do Furacão.
Igualdade
Coritiba e Paraná chegam iguais para o clássico do próximo final de semana. Igualdade presente também nos últimos resultados. O tricolor arrancou um empate do Vasco graças a Flávio, que salvou o time já que o ataque paranista finalizou apenas uma vez em toda a partida. Lamentável.
O Coxa trouxe um pontinho do Olímpico, mas na fase em que anda o Grêmio e com as chances que teve, poderia ter conseguido resultado melhor.
Nota 10
Para holandeses e tchecos pela melhor partida da Euro. Para Felipão e seus comandados pela bela conquista sobre os espanhóis.
Nota 0
Para Iñaki Saez, técnico da Espanha, que armou uma retranca e se deu mal.