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E a bola rolou

27 mai 2003 às 14:47

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A semana que passou foi um marco para o esporte brasileiro, em especial para o futebol. O motim de alguns dirigentes de clubes, liderados pela CBF com o apoio das federações paranaense, paulista, carioca e catarinense, que ameaçou paralisar o campeonato se o Estatuto do Torcedor fosse aplicado, não passou de um balão de ensaio.

A chantagem dos cartolas felizmente saiu pela culatra, mostrando que entre seus muitos defeitos estão a desorganização, a traição e o egoísmo. Quando o barco afundou foi um festival de acusações, um tentando passar a responsabilidade da insurreição ao outro. Inesquecível. Afinal, não é sempre que se vê pessoas arrogantes e pretenciosas como Eurico Miranda, Ricardo Teixeira, Farah, Caixa D’água, Petraglia e Onaireves pondo o rabinho entre as pernas e falando macio, baixinho, quase que envergonhados.

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Ponto para o Governo Federal, que agiu rápido e endureceu o discurso a favor da imediata aplicação do recém-promulgado estatuto. De certa forma, esta foi a primeira grande medida tomada pelo governo Lula, que correu o risco de ser desmoralizado mas manteve o pulso firme e venceu a batalha. O ministro Agnelo Queirós chegou a ameaçar um recuo mas, bancado por Lula e Zé Dirceu, foi em frente e colocou a cartolagem nos eixos.

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O episódio serviu também para mostrar que diretores de algumas equipes como Paraná, São Caetano, São Paulo e Botafogo são mais conscientes de seu papel e se colocaram contra o absurdo locaute. Pena que alguns dos principais clubes tenham aderido à nefasta idéia. Atlético Paranaense, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Vasco e Santos envergonharam seus torcedores. Mas dessa vez a mesa não virou.

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Bom para o campeonato


Dentro de campo a rodada foi muito boa para animar ainda mais o campeonato. As derrotas dos líderes Cruzeiro – depois de uma incrível série de 36 partidas sem perder – e Inter embolaram a tabela e a luta pela liderança.

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Disputas acirradas como a dos três times paranaenses, com o Paraná apenas um ponto a frente da dupla Atletiba. Se a rodada não foi muito boa para o Tricolor, que perdeu seus dois primeiros pontos em casa, foi ótima para Rubro-Negros e Alviverdes.


O Atlético passou fácil pelo Flamengo, freguês habitual em jogos na Baixada. A goleada de 4x1 poderia ser maior se a arbitragem não tivesse errado nas expulsões atleticanas. Dessa vez o furacão tem razão de protestar. O problema é que os atleticanos reclamam tanto da arbitragem – quase sempre sem razão – que ninguém mais dá bola.

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Já o Coritiba foi até Belém e venceu o bom time do Paysandu. O Coxa soube aproveitar o momento ruim dos paraenses, ainda traumatizados com a eliminação na Libertadores e aproveitou para subir bem na tabela, sem deixar o grande rival abrir vantagem.


Destaques também para São Paulo, Santos e Corinthians que aos poucos vão chegando às primeiras posições e são as maiores ameaças ao reinado cruzeirense.

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500 X 3


Pela terceira vez consecutiva o Brasil venceu uma das três principais provas do automobilismo mundial, as 500 Milhas de Indianápolis. E em dose tripla, com Gil de Ferran, Hélio Castro Neves e Tony Kanaan nas três primeiras posições. O esforçado e batalhador Ferran tirou a chance de seu companheiro Helinho se tornar o primeiro piloto a vencer a prova por três vezes consecutivas, mas nem por isso a festa dos dois foi menor. Como Senna é o maior vencedor em Mônaco, mais tradicional circuito da F-1, só falta aos pilotos brasileiros uma vitória na lendária 24 Horas de Le Mans.

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Nota 10


Para a trinca Lula, Zé Dirceu e Queirós, pelo golaço da semana. Para a trinca Gil, Helinho e Tony, que fez história em Indianápolis.


Nota 0

Para a tentativa de golpe da cartolagem que dessa vez saiu pela culatra.


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