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E o Oscar vai para

08 mar 2006 às 11:00
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Em época de Oscar, a maior premiação do cinema mundial, que normalmente comete injustiças históricas e premia muita gente nem tão merecedora, é perfeitamente lógico comparar o critério (ou a falta deles) da Academia que escolhe os filmes e profissionais premiados aos utilizados por Parreira, em suas convocações, e pela CBF, no agendamento de amistosos.

Enquanto a maior parte das seleções que irão à Copa optou por partidas amistosas contra adversários que também participarão do Mundial, e que apresentam características parecidas com a de futuros adversários na Alemanha, o Brasil se rendeu mais uma vez ao poder do dinheiro. Enquanto os dirigentes e patrocinadores ganhavam e gastavam uma boa grana na gelada Rússia, os jogadores expunham suas milionárias pernas a contusões em uma temperatura de ao menos uma dezena de graus abaixo de zero e a um gramado que de grama tinha quase nada.

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Foi a última chance de Parreira fazer algumas avaliações antes da convocação definitiva e, ao invés de testar jogadores que passam por fases excelentes e devem estar tinindo na época da Copa, o treinador convocou a mesma patota de sempre, inclusive aqueles atletas que só mesmo ele, e quem sabe Zagallo, conseguem encontrar méritos para chamar.

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Festa armada na pátria amada


Em plena quarta-feira de Cinzas, o cinzento futebol apresentado pela seleção não serviu para nenhuma avaliação minimamente criteriosa, a não ser a confirmação que Rogério Ceni não poderia (mas vai) ficar de fora do grupo que vai à Copa. Felizmente ninguém sem machucou, algo que seria muito provável pelas condições de disputa da partida. Machucado está apenas o futebol brasileiro, que poderia desfilar na Alemanha uma Seleção capaz de lembrar a brilhante equipe de 1982 (a melhor entre as que vi jogar) mas que por teimosia e falta de ousadia só será melhor que a de 1994 pelo talento individual da alguns craques.

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A lista de Parreira já está quase fechada e praticamente certa a presença de Dida, Marcos, Júlio César, Cafu, Cicinho, Roque Júnior, Juan, Lúcio, Roberto Carlos, Emerson, Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho Pernambucano, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Adriano, Robinho e Fred. Devem fechar o grupo Luisão (ou quem sabe Cris), Gustavo Nery (com alguma chance para Gilberto), Ricardinho e Júlio Batista.


De todos estes, incontestáveis são os meias e atacantes, mas nas outras posições com certeza muita gente boa está sendo deixada de lado. No gol, Dida anda tão mal que só transmitirá insegurança à defesa, a exemplo do que ocorreu com Taffarel que foi brilhante em 94 e motivo para sobressaltos em 98. Marcos é melhor que ele, mas no momento, nenhum deles supera Rogério Ceni.

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Na lateral direita, Parreira aposta na experiência de Cafu e tem no banco a ótima opção de Cicinho para melhorar o poder de ataque do time. Na esquerda, Roberto Carlos melhorou um pouco mas está longe do fantástico jogador que já foi. E Gustavo Nery parece ser a principal piada de mau gosto do técnico.


Na zaga, Lúcio como titular e Cris com chance de ser reserva, causam calafrios, enquanto o esquecido Alex causa saudades. A sorte é que a zaga está muito bem protegida pelo fantástico Emerson, craque preferido de Parreira. Seria cômico, não fosse trágico. Enquanto isso, Juninho Pernambuco segue como reserva de luxo.

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Daí para a frente se apresentam os "salvadores da pátria" Kaká, os dois Ronaldos e Adriano, com o auxílio luxuoso dos reservas Ricardinho, Robinho e Fred. Tomara que eles façam muitos gols e desequilibrem porque a zaga, se jogar na Copa o que anda jogando, causa calafrios.


Ao que interessa

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Depois de uma longa e tediosa primeira fase, finalmente o Paranaense 2006 começa a ter atrativos ao torcedor, com o início do mata-mata. Sem grandes surpresas, Atlético, Paraná, Coritiba e Londrina confirmaram sua presença nesta fase e são favoritos às vagas nas semi-finais, que pode ter interessantes duelos entre Coxa e Furacão, e Tricolor e Tubarão. Mas as boas equipes do Rio Branco, Iraty, J. Malucelli e ADAP têm boas chances de provocar algumas zebras nos próximos jogos. Afinal, o futebol é o esporte coletivo de elite em que resultados inesperados são mais comuns.


Lua-de-mel encerrada

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Nos últimos dias Lothar Matthäus brigou com um fotógrafo, proibiu a imprensa de acompanhar os treinos do time e agora se mandou para a Alemanha para resolver problemas pessoais. O deslumbramento com a presença da estrela alemã em terras paranaenses sofreu sérios arranhões.


Parece que ele quer seguir o exemplo do colega Klinsmann, técnico da seleção germânica, que mora na Califórnia e desagrada a maior parte dos torcedores de seu país.

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Pinta de favorita


A última viagem de volta às terras norte-americanas, após a acachapante derrota para os italianos por 4 x 1 (logo a Itália que considera qualquer 1 x 0 como goleada inesquecível), quase custou a cabeça do treinador. E voltou a colocar o time da bota como um dos favoritos ao título da Copa. Como costuma acontecer, a Azzura deve ter dificuldades sérias na primeira fase mas depois engrena, sem abandonar o futebol retrancado e competitivo. Foi assim na última Copa, onde os italianos foram roubados descaradamente na partida contra a Coréia do Sul -- resultado que interessava à Fifa que desejava um dos dois anfitriões nas fases finais da Copa.


Perdeu a pose


Já a Argentina foi derrotada pela segunda vez seguida por 3 x 2, de virada, levando gol nos últimos minutos. Primeiro pela Inglaterra, que tem uma versão piorada do "Quarteto Mágico" brasileiro, e agora pela Croácia. O time da camisa quadriculada colocou uma bela pulga atrás da orelha de Parreira.


Os platinos têm excelentes jogadores de linha, mas sofrem com a falta de um goleiro confiável (coisa que o Brasil esbanja mas não sabe escolher) e com indefinições do esquema tático. E o grupo dos argentinos na primeira fase não é nada tranqüilo.


Navegar é preciso


Apesar dos pesares e dos muitos problemas, a simples participação do Brasil 1, em muitos momentos de forma bastante competitiva na regata de Volta ao Mundo já é um marco para o esporte brasileiro e para Torben Grael e sua tripulação. As condições naturais a que barcos e homens são submetidos nesta prova são para poucos superarem. Nisto, eles se assemelham aos antigos conquistadores, que desbravaram mares e oceanos.


Por falar nisso, em recente visita ao Museu Nacional do Mar (imperdível), em São Francisco do Sul Santa Catarina, conheci o barco que Amir Klink utilizou para atravessar o Atlântico a remo. é de arrepiar imaginar que alguém tenha passado cem solitários dias naquele pequeno casco em meio a uma imensidão de céu e mar.


Nota 10


Para o golaço de Ronaldinho Gaúcho, que garantiu o Barcelona na próxima fase da Liga dos Campeões e serviu de revanche à amarga derrota para o mesmo Chelsea no ano passado.


Nota 0

Para as trapalhadas dos técnicos e ex-companheiros de seleção Klinsmann e Matthäus. E já existem especulações que o alemão do Furacão pode substituir o colega antes da Copa.


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