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Fervura no Caldeirão

27 abr 2004 às 11:00

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A primeira partida com mando do Atlético no Brasileiro deste ano vai entrar para a história do clube. Insatisfeita com o preço absurdo de R$ 30,00 pelo ingresso mais barato, a torcida atleticana protestou na praça em frente a Arena, ironicamente o mesmo local que foi palco da festa pela conquista do título em 2001.

Dentro do estádio, pouco mais de dois mil torcedores que se submeteram ao valor abusivo do ingresso viram um amontoado de jogadores que praticamente não ofereceu resistência ao animado Figueirense.

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E para coroar a tarde infeliz, o time não conseguiu aproveitar a vantagem de ter um jogador a mais – a exemplo do que já ocorrera contra o São Paulo quando os paulistas jogaram com dois a menos – e levou três gols dos catarinenses. Marcador que foi comemorado pela torcida atleticana, dentro e fora do estádio.

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Festa armada na pátria amada


Mas a maior demonstração de insatisfação aconteceu quando o rubro-negro teve um pênalti a seu favor e a galera torceu para Ilan errar, o que de fato ocorreu, no último ato de um dos piores dias da história recente do clube.

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Será a vingança dos deuses do futebol contra a arrogância e a prepotência que andam marcando presença na Arena?


Decepção

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O Paraná também não tem nada para comemorar. Apesar da boa vitória contra o Santos na estréia do campeonato, a goleada de 6 x 1 imposta pelo Vitória serviu para esfriar o entusiasmo que ameaçava surgir na torcida e na diretoria. Dificilmente o time irá repetir a mesma campanha do ano passado e deve primeiro se precaver para evitar o rebaixamento, principalmente porque este ano caem quatro times e as equipes estão muito equilibradas.


Apesar disso, já surge um forte candidato ao rebaixamento: o pobre Botafogo, que segue decepcionando seus sofridos torcedores. Bebeto de Freitas é competente mas sem grana fica muito difícil mudar a situação.

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Tapetão


Como não poderia deixar de ser, o tapetão já ameaça o campeonato que mal começou. Tudo porque o Guarani acusa o Coritiba de utilizar Ataliba de forma irregular. Se for confirmada a falta de inscrição do jogador na competição, o Coxa perde os pontos de sua boa arrancada. Pena que mais uma vez os acontecimentos do gramado podem ser modificados.

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Seleção


Amanhã tem jogo do Brasil. Só que o Brasileirão não vai parar e nem o dólar vai baixar. Ao menos dessa vez o amistoso é contra um time um pouco melhor, a Hungria, que – apesar de não ser atualmente uma potência futebolística – tem tradição e nunca foi derrotada pela Seleção Brasileira. Um teste principalmente para Luís Fabiano, que terá a rara chance de ser titular.

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Comoção


No próximo sábado completa-se uma década da morte de Ayrton Senna. Fato mais do que explorado pelos órgãos de comunicação ao redor do mundo, e especialmente por aqui. Filtrando-se os habituais exageros oriundos da comoção que a morte ao vivo, via satélite, causou, é fácil perceber que Senna foi realmente um dos maiores gênios de seu esporte. Não tão vitorioso quanto Schumacher, Fangio e Prost; não tão bom acertador de carros como o francês narigudo ou Nélson Piquet; não tão simpaticamente maluco como Gilles Villeneuve; mas um pouco de tudo isso.

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Com um talento natural para pilotar realmente impressionante, Senna brindou o automobilismo com algumas das mais fantásticas voltas já realizadas nos treinos de classificação, em que é insuperável. Sem falar da capacidade de controlar o carro sob chuva, sem as amenidades eletrônicas atuais.


Quem gosta de corridas jamais esquecerá suas batalhas contra Prost, Piquet e Mansell. Pena que Schumacher entrou neste grupo muito tarde e as mesmas lutas não puderam se repetir.


Dominação


Por falar no alemão, mais uma vez a F-1 se curvou a superioridade do conjunto Schumacher-Ferrari. Mesmo largando atrás do surpreendente Jenson Buton, com uma BAR melhor a cada dia, Schumy teve calma para administrar a corrida e ganhou com a habitual maestria. Buton comemorou um merecidíssimo segundo lugar e já ameaça a vice-liderança de Barrichello, que em sua eterna irregularidade não passou de uma burocrática sexta posição. Depois reclama das piadas.


Longe da multidão


Merece homenagem também o austríaco Roland Ratzemberger, morto a sombra de um grande ídolo, sem chance de mostrar seu talento e hoje já quase esquecido pela máquina de ganhar dinheiro chamada F-1.


Nota 10


Para o Figueirense, único time com 100% de aproveitamento. Para o protesto dos atleticanos contra os desmandos da diretoria.


Nota 0

Para diretores e jogadores atleticanos. Está mais do que na hora de tirar o salto alto.


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