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Fórmula ideal

11 abr 2006 às 11:00

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Após um processo de enxugamento no número de participantes nos últimos dois anos, finalmente o Campeonato Brasileiro, que começa no próximo sábado chega no formato ideal de disputa, por pontos corridos e duas dezenas de clubes. E como a CBF manteve o rebaixamento para os quatro últimos colocados, as brigas por posições na tabela serão emocionantes durante toda a disputa.

Como um quinto dos participantes cairá para a segunda divisão, a briga para fugir do descenso será até mais animada do que a dos postulantes ao título, que, a princípio, são poucos. Entre os favoritos, destaque para o São Paulo, que apesar de não ter jogado nada na última partida da Libertadores e ter perdido o Campeonato Paulista para o Santos, é no momento a equipe mais organizada e com melhor elenco. Corinthians e Cruzeiro também tem times muito fortes, mas sem peças de reposição do mesmo nível que os titulares.

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Um pouco mais atrás estão Santos, Fluminense (que ainda tem que acertar o time mas tem um bom elenco), Internacional, que manteve a base do ano passado, e Goiás, que faz ótima campanha na Libertadores. A seguir, pode se destacar um grupo de equipes que inclui Palmeiras, que deve passar por reformulações que podem atrapalhar, Atlético Paranaense -- apesar do fracasso no estadual e na Copa do Brasil --, os renascidos Paraná e Grêmio, o sempre chato São Caetano e, com alguma boa vontade, o animado Botafogo.

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Os restantes, Flamengo, Figueirense, Fortaleza, Juventude, Ponte Preta, Santa Cruz e Vasco, devem disputar a tapa um lugarzinho na elite em 2007. Panorama que pode mudar rapidamente já que além das negociações de atletas durante o campeonato, este ano haverá uma interrupção devido à Copa do Mundo.

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Outra diferença é que aos poucos os jogadores, técnicos e cartolas se dão conta da importância de obter bons resultados desde o início do campeonato, algo que não era tão necessário na época dos campeonatos com fases classificatórias. E nestas primeiras rodadas, alguns times terão que redobrar esforços em mais de uma competição, o que pode ser uma vantagem para aqueles clubes que não disputam a Libertadores e a Copa do Brasil


Pasto agradável

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Se nos estaduais as zebras perderam a força e sucumbiram no final -- Santos, Botafogo, Cruzeiro, Paraná, Grêmio, Sport, Figueirense, Paysandu têm muita tradição regional -- a Copa do Brasil tem sido um pasto aconchegante a várias delas. Entre os 16 sobreviventes na competição figuram alguns emergentes como Volta Redonda, XV de Campo Bom, Ipatinga e Brasiliense; clubes tradicionais mas que não figuram entre as maiores potências do esporte como Criciúma, Vila Nova, Guarani, Fortaleza, Náutico e Vitória; e poucos dos considerados grandes: Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Santos e Vasco.


Curioso notar que apesar da enorme crise de muitos anos, o Rio de Janeiro responde por um quarto dos times classificados. Quem sabe esteja neste grupo o próximo vice, como aconteceu nos últimos dois anos, quando a dupla Fla-Flu perdeu para as zebras Santo André e Paulista. E apenas seis times estão na divisão principal do Brasileirão, o que prova o importante papel democrático da competição.

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Quase lá


Daqui a menos de dois meses começa a Copa do Mundo. No final de maio já se conhecerão os convocados por Parreira e seus pares internacionais, com as eventuais injustiças e grandes burradas. Tomara que até lá o técnico brasileiro perceba que alguns de seus conceitos, e escolhas, estão equivocados. Como Lúcio e Emerson são presença certa, resta torcer para que Parreira desista de levar Gustavo Nery.

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Nota 10


Para Botafogo, Santos, Paraná e Grêmio, que após alguns (ou muitos) anos em branco voltaram a levantar a taça dos respectivos estaduais.


Nota 0

Para o calendário do futebol brasileiro. O principal campeonato do país começar uma semana depois do fim dos estaduais é um absurdo sem tamanho. E ainda tem Copa do Brasil e Libertadores no meio da semana.


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