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Hora do adeus

26 jul 2005 às 11:00

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Apesar das promessas da CBF – e alguém acreditou – de que dificultaria ao máximo o êxodo dos jogadores durante o Brasileirão (não seria mais simples adequar o calendário ao utilizado em quase todo o mundo), alguns dos principais destaques da competição já partiram, ou arrumam as malas, para novas experiências profissionais.

O caso mais complicado é também o mais badalado: a possível ida de Robinho para o Real Madrid. O imbroglio começou numa briga por valores pelos dois clubes, passou pela ausência do jogador ao clube e deve parar na Fifa, já que os espanhóis alegam ter o direito de contratar o santista por US$ 30 milhões, alegando que Robinho abriu mão dos 40% do valor da transação que teria direito. Mas o Santos exige o pagamento integral da multa estipulada no contrato: US$ 50 milhões, no que está coberto de razão.

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Se o clube espanhol não fosse "unha e carne" com a Fifa, com certeza a entidade que rege o futebol ao redor do mundo daria veredito favorável ao Santos, mas de lá (a exemplo do que ocorre na CBF) nunca se sabe o que pode vir. Quem mais perde nisso tudo é Robinho, que mancha sua carreira com um comportamento pouco profissional e desprovido de ética. Palavra que poderia ser riscada do mundo do futebol.

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Mas o "Pelézinho" (dentro ou fora do campo?) não é o único a partir. Léo e Deivid também já saíram do Santos, Fernandinho vai embora do Atlético, Athirson deixou o Cruzeiro – que pode perder também Fred – e por aí afora. Não é a toa que dificilmente um torcedor consegue escalar o seu time do coração, tamanhas são as mudanças no decorrer da competição. Sem falar na troca absurda de técnicos – agora a moda é que mesmo aqueles que estão bem saiam para outros clubes.

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O único time que por enquanto segue no caminho inverso é o Corinthians, que aos poucos vai se tornando uma equipe de verdade e se torna sério candidato ao título. Grande contratador da temporada, mesmo que de forma nebulosa, o Timão alterna acertos como o de Marcelo Matos (de longe a melhor relação custo-benefício) com erros crassos como o investimento sem retorno algum em Carlos Alberto, marrento como Romário e Edmundo, mas sem o mesmo futebol.


Clube da melhor idade

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Com os jovens craques saindo do país, os veteranos vão ganhando destaque no campeonato. A começar pelo Santos, que formou – e negociou – uma geração vencedora e agora confia suas fichas em Giovani, que voltou com a mesma classe de sempre e merece os aplausos que tem recebido. Ou Amoroso, que também soube aproveitar a nova chance que teve para voltar a jogar e ajudou o São Paulo a ser tri da Libertadores.


Da mesma forma, Romário, Edmundo, Túlio (que ao seu estilo considerou seu último gol uma jogada digna de Garrincha), Marcelinho Carioca, Júnior Baiano, Oséas e tantos outros seguem com espaço e destaque em suas equipes – alguns com méritos.

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Alma lavada


O Paraná venceu com justiça o Furacão e segue sendo o melhor paranaense neste campeonato. Dessa forma lava a alma de sua torcida que tanto sofreu com os riscos de rebaixamento dos outros anos. Confiando em Borges e no bom trabalho de Lori Sandri, o Tricolor tem condições de manter o ritmo e passar longe da Série B. Só que tem que continuar pensando que o único objetivo é fugir do rebaixamento.

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Já o rubro-negro voltou a perder após três vitórias seguidas que serviram para acabar com a ressaca do vice na Libertadores. Com isso voltou para a zona de risco mas tem time para se recuperar. Mas não é bom ficar dando chance para o azar.


O clássico teve uma brilhante atuação de Salvio Espínola, que ganha mais destaque ainda pelo baixíssimo nível das arbitragens no campeonato.

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Obrigação cumprida


O Coxa venceu o fraquíssimo Flamengo mas passou um sufoco desnecessário por, mais uma vez, perder muitos gols – além de ser prejudicado pela arbitragem. Quem sabe a solução para os gols venha com a contratação iminente de Renaldo. Mais do que a vitória por 3 x 2, o jogo valeu por mais uma atuação destacada de Caio, que nos últimos jogos lembrou os seus melhores momentos da época de Paraná, que não repetiu no Fla.

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Azar e incompetência


Kimi Raikkonen definitivamente é um piloto azarado. Mas uma vez o finlandês tinha a corrida ganha mas seu carro o deixou na mão. E outra vez lá estava Fernando Alonso para herdar a vitória. O título deste ano será comemorado com sangria e paella.


Mas os melhores na corrida foram Montoya, que largou em último e chegou em segundo, e Massa, que fez uma primeira volta brilhante, ganhando seis posições, e conseguiu um pontinho no final da corrida.


E Barrichello fez mais uma das suas trapalhadas errando na escolha de pneus e na tática de corrida. Nos treinos, com pneus duros, só foi mais rápido que as pobres Jordan e Minardi. E na corrida foi ultrapassado duas vezes por Klien, para terminar em décimo. Enquanto isso, Schumacher se mantinha entre os primeiros e conseguiu segurar um quinto lugar no final.


A alegada diferença entre os dois carros da Ferrari está naquela peça entre o banco e o volante.


Nota 10


Para Sálvio Espínola, o melhor árbitro do Brasileirão.


Nota 0

Para Barrichello, por uma das piores corridas de sua carreira.


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