Finalmente o Paraná conseguiu uma vitória longe de seus domínios. E não poderia ser melhor, de virada, com goleada, e sobre o Vasco de Eurico Miranda, Marcelinho e Edmundo. Um sabor especial de fazer justiça com os próprios pés. O melhor é que o time voltou a jogar bem e Maurílio parece aos poucos encontrar seu espaço dentro da equipe. Fabinho e Fernandinho também merecem destaque pelos belos gols nos contra-ataques. Agora é torcer para que o time engrene e conquiste um bom resultado sobre o Grêmio.
Já o Atlético enfrentou a tempestade e conseguiu uma convincente vitória sobre o Corinthians. Na base da garra e contando com a sorte – afinal os paulistas perderam um pênalti no comecinho do jogo – o Furacão conseguiu superar o gramado encharcado com três gols do agora artilheiro do campeonato Ilan. Mas não se pode afirmar que o time fez uma bela exibição porque jogo de futebol mesmo não houve.
Pena que o Coritiba não tenha resistido ao desfalcado mas – curiosamente após a derrota na Libertadores – motivado Santos. Resultado normal que não afastou a equipe das primeiras posições. Agora o desafio é reagir no confronto com o São Paulo, partida que deve ser marcada pelo equilíbrio, até mesmo nos desfalques.
Para o campeonato a rodada foi boa, principalmente por mais uma derrota do Cruzeiro, que colaborou para embolar um pouco mais a tabela.
Monotonia azul e branca
Se na Alemanha a Fórmula Um voltou a ter ultrapassagens, na França tudo voltou à chatice habitual dos últimos tempos. A novidade é que a monotonia agora não é mais vermelha e sim azul e branca. A evolução da Williams, que teve um péssimo início de ano, anima um pouco o campeonato, apesar de ainda parecer improvável que o título escape das mãos de Schumacher. E pelo jeito se isso ocorrer a taça não vai sair da família.
O irmão mais velho, que nada pôde fazer contra as Williams, conseguiu tirar da cartola uma terceira posição, deixando as McLarens para trás. É nessas horas que ele mostra porque é pentacampeão mundial e expõe ainda mais o momento terrível que vive Barrichello. Rubinhozinho (merece cada vez mais diminutivos) parece que desaprendeu a correr. Largou em oitavo – atrás até das duas Renaults – rodou sozinho na primeira volta e só conseguiu dois pontinhos porque os carros da equipe francesa não chegaram ao final. Parece rumar para um melancólico fim de carreira, ao menos na F-1.
E já tem muita gente de olho em uma suposta vaga na Ferrari. Se os boatos falam de Felipe Massa e Fernando Alonso, não seria improvável ver o cada vez melhor Mark Webber vestido de vermelho no ano que vem. O australiano se consolida cada vez mais como um grande piloto e vem dando um banho em Pizzonia.
Mas o melhor do fim de semana foi a primeira posição da Minardi de Verstapen no treino de sexta. Festa total e merecida para a valente escuderia ítalo-australiana, simpática e persistente, uma espécie de América-RJ ou Portuguesa da F-1.
Tristeza azul e amarela
Os sonhos dourados do Santos terminaram na tática perfeita do Boca Juniors. Bianchi armou um time que se defendeu como nenhum outro e atacou com calma e eficiência. Leão até tentou mas não conseguiu escapar da armadilha argentina. No primeiro jogo o Peixe até mereceu melhor sorte mas o segundo foi um verdadeiro baile ao som de um bom tango.
Nota 10
Para Ilan, pelo golaço e pela artilharia, apesar de ainda achar exagero a convocação para a Seleção. Para a volta por cima do Paraná.
Nota 0
Para Barrichello, que pelo jeito cansou até de tentar correr bem. Para Fábio Costa e Paulo Almeida, dois meninos maluquinhos que deveriam ter sido expulsos na decisão da Libertadores. Parece que o destempero corintiano na competição fez escola.