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O novo rei

16 ago 2005 às 11:00

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Como já diz o ditado: "Rei morto, rei posto". Aplicável obviamente nas sucessões monárquicas que ainda existem por aí e, porque não, na expectativa pela fumaça da chaminé do Vaticano, ele serve como uma luva para o atual momento do futebol brasileiro. A hora da despedida de Robinho, que coincide com a afirmação de Carlito Tevez.

A comparação entre os dois – injusta e desproposital porque atuam em funções diferentes – existe desde o anúncio da contratação do argentino pela MSI. Logicamente que a maioria das opiniões, a não ser dos corintianos chatos de tão fanáticos (me inclino a dizer que quase toda a Fiel é assim), foi favorável ao brasileiro, que é daqueles craques que se revelam a cada toque de bola.

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Mas passada esta "polêmica" vazia, Tevez vai, aos poucos, conquistando a opinião da crítica ( a do público já conquistou faz tempo). Eu mesmo já afirmei que ele não chega perto de Saviola e Riquelme – apenas para não sair da Argentina – em talento, mas são poucos jogadores hoje em dia que têm a raça demonstrada por Carlito, qualidade que cai como uma luva para um corintiano. Só que ele não se limita à entrega total ao time durante todo o jogo (lembra nisso o ótimo volante Mineiro) e não abusa da rispidez nas jogadas, ao contrário de seu conterrâneo Mascherano, por exemplo. Tevez faz isto sem perder a classe e a categoria.

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É o sucessor natural para o reinado de Robinho, que parte em busca de novos cetros.

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Pinta de campeão


Com Tevez em ótima fase, com Roger jogando de novo o que sabe e com a garotada correspondendo e segurando o rojão, o Corinthians chegou à liderança com cara de quem não perde mais essa posição. A não ser que o argentino pegue um longo gancho por ofender a arbitragem – parece que só os homens do apito têm direito de xingar em campo – o Timão tem tudo para levantar o caneco. O primeiro passo para isso pode ser a conquista simbólica do "título" do primeiro turno, que pode vir com vitória ou empate contra o vice-líder Goiás, na próxima rodada, última antes do returno.

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As vitórias por 5 x 4 sobre o Cruzeiro e 5 x 3 sobre a Ponte Preta provaram que o Corinthians tem o talento, o conjunto e a sorte que os campeões costumam ter. Apesar das falhas cada vez mais freqüentes de Fábio Costa.


Inesperado

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Apesar da ótima campanha, poucos esperavam que o Paraná vencesse o Cruzeiro no Mineirão, numa daquelas partidas "de seis pontos". A vitória foi para não deixar dúvidas sobre a qualidade do time, que só não pode se empolgar. Todas as vezes em que o Tricolor entrou em campo sabendo de seus limites, colheu bons resultados. Nas vezes em que entrou com um salto mais alto, o tombo também foi grande.


O jogo contra o Vasco, no próximo fim de semana, é daqueles encardidos, porque os cariocas vêm animados pela ótima campanha depois da chegada de Renato Gaúcho, mas não deixaram de ser candidatos ao rebaixamento. Se o Tricolor vencer, para a torcida não terá feito mais do que a obrigação. Se perder, as críticas virão fortes. O jeito é ficar de olho em Morais, Alex Dias e, principalmente, em Romário, cada vez mais simples e eficiente em seus poucos toques na bola.

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Alerta


Os outros paranaenses não tiveram muito o que comemorar na rodada. Coritiba e Atlético não jogaram bem e deixaram seus torcedores meio cabreiros. O Rubro-negro deu uma forcinha para o desesperado Paysandu, que deixou a lanterna exclusivamente para o Galo Mineiro. Tudo bem que foi fora de casa, mas pelo que o Papão anda jogando, sair de Belém sem ao menos um pontinho é desanimador.

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Já o Coxa viveu altos e baixos. Jogou mal o primeiro tempo, saiu perdendo, se recuperou, comemorou a estréia de Renaldo com direito a gol, virou a partida e cedeu empate no final. Roteiro que se repetiu em outras partidas e que deixa a torcida com uma pulga atrás da orelha, sem saber o que esperar do time, ainda muito irregular.


Nota 10

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Para Robert Scheidt, que chegou ao seu centésimo título em competições na Classe Laser ao vencer o Campeonato Europeu. Um fenômeno que merece nota 100.


Nota 0


Para Jadel Gregório, que faz consegue desempenhos espetaculares e algumas das melhores marcas no Salto Triplo, ano após ano, em competições menores, mas falha nos principais campeonatos. A frustração olímpica se repetiu no Campeonato Mundial. Uma pena. Que o seu novo nome traga melhor sorte da próxima vez.


Descanso

Esta coluna dá merecidas férias a seus leitores pelas próximas duas semanas.


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