Às vésperas da Copa os estudiosos e palpiteiros de plantão indicam favoritos ao título, zebras, candidatos ao fracasso e prováveis sensações do campeonato. Os mais cotados ao título são Argentina, França, Itália, Inglaterra e Portugal. Num patamar inferior, também são citados o Brasil (mais lá fora do que aqui), Alemanha e Espanha. Alguns mais utópicos apostam nos africanos de Camarões ou até mesmo da Nigéria, que no entanto enfrenta uma série de problemas.
Entre as seleções que podem surpreender e até mesmo assustar os favoritos estão Suécia, sempre um osso duro de roer para qualquer adversário, Croácia, Dinamarca, Rússia, Polônia, Paraguai e Bélgica, todas com menos chances de conquistar o título mas com possibilidades de alcançar as fases decisivas. Um pouco abaixo estão os times que podem apresentar bom futebol e causar algumas zebras como Eslovênia, Uruguai (só pela tradição), Coréia do Sul e Japão que contam com o apoio da torcida.
Os demais são apenas os coadjuvantes África do Sul, Arábia Saudita, China, Costa Rica, Eire, Equador, Estados Unidos, México, Senegal, Tunísia e Turquia. Mas, se muitos desses prognósticos têm grande chance de se confirmar, outros tantos cairão em desgraça. Quem por exemplo apostaria um níquel em uma vitória dos Estados Unidos sobre a Inglaterra por exemplo? Este fato ocorreu na Copa de 50, aqui mesmo no Brasil. O que dizer então das vitórias da Coréia do Norte sobre a Itália em 66 e da Alemanha Oriental sobre a Ocidental em 74. Outro exemplo é a Espanha, a dita Fúria, que costuma chegar com toda banca mas decepciona seus torcedores. As próprias sensações da Copa não eram vistas dessa forma antes da bola rolar, e o sucesso de seleções como Romênia, Nigéria e Bulgária em 94, Croácia em 98, e Camarões em 82 e 90 não foram previstos pelos entendedores de futebol. Isto ocorre porque a Copa do Mundo não é um campeonato comum e diferenciais como a alegria dos africanos, ou o patriotismo e a vontade de afirmação nacional dos croatas revertem prognósticos muito prováveis à primeira vista.
Mas como é difícil deixar de palpitar numa hora dessas, destaco a Argentina como grande favorita ao título numa final inesquecível contra a Croácia (chute bem alto que se for confirmado será mais por sorte do que por sabedoria). Quanto ao Brasil, passa invicto pela primeira fase, derrota a Bélgica nas oitavas de final e sai da Copa nas quartas de final, perdendo para os argentinos. A Espanha mais uma vez decepciona; Portugal não passa de fogo de palha; o Uruguai passa vergonha; a Dinamarca e a Eslovênia jogam bonito e agradam a torcida; Eire, África do Sul e Bélgica entediam; Itália, Alemanha, Suécia e Paraguai jogam feio mas com eficiência; México, Costa Rica, Equador, Nigéria, Senegal e Camarões jogam bonito mas caem logo. Os demais não apresentam nada de marcante.
Quem viver verá...