A vitória fora de casa contra o Figueirense colocou o Coritiba na luta pelo título. Cinco pontos atrás do líder Santos, o Coxa se destaca pelo equilíbrio do conjunto e pelos belos gols a cada rodada. O problema é que aos poucos perde a pinta de zebra e passa a ser encarado com maior preocupação pelos adversários.
O Paraná foi passear em Maringá e cumpriu o dever de casa vencendo o desastroso Fluminense, candidato fortíssimo ao rebaixamento. Marquinhos e Renaldo deixaram suas marcas e continuam lutando pela artilharia da equipe no campeonato. Foi a primeira vitória de Edu Marangon, que garante o tricolor numa posição respeitável na tabela, onde deve permanecer até o final.
O Atlético também não teve grandes dificuldades para vencer outro candidato à segundona. Os 3 x 1 em cima do Fortaleza eram quase que obrigação, principalmente se a equipe ainda almeja uma boa posição no campeonato.
Reviravolta
Dessa vez o Cruzeiro não conseguiu escapar. Após mais um tropeço os mineiros perderam a liderança para o Santos. Resultado de uma fase não tão inspirada do time de Luxemburgo, já há algumas rodadas com desempenho bem inferior ao começo do campeonato. Deivid faz falta na hora de marcar gols e os bons resultados dependem cada vez mais da inspiração de Alex. O que não foi suficiente para derrotar o surpreendente Goiás, há treze jogos sem perder, melhor equipe do segundo turno, com o artilheiro da competição e cada vez mais distante do fantasma do rebaixamento que assombrou o time durante a maior parte do campeonato. Méritos para Cuca, que foi muito criticado quando deixou o Paraná mas faz um trabalho digno de reconhecimento.
O Peixe assumiu a liderança mas ainda está longe de encantar como no ano passado. Diego, Elano, Renato, Léo e Alex são os únicos que repetem as boas atuações do ano passado. Robinho começa a recuperar a confiança e o bom futebol, distante ainda da espetacular exibição na conquista do último brasileirão.
O São Paulo permaneceu em terceiro mas perdeu para um Vasco que sobe de produção, graças em parte ao esforço de Edmundo, que procura reviver os melhores tempos. O tricolor paulista mostrou que depende excessivamente de Luís Fabiano, que fez a parte dele com dois gols, insuficientes para a conquista de um melhor resultado.
O bom mesmo é que a disputa ficou mais embolada.
Equilíbrio inédito
A Fórmula Um chega à reta final mais equilibrada do que nunca. Apenas dois pontinhos separam o líder Schumacher do terceiro colocado Raikkonen, com Montoya entre eles. É a menor diferença entre três candidatos ao título faltando tão pouco para acabar a temporada em toda a história da categoria, iniciada em 1950.
As corridas restantes devem ser tão emocionantes como a da Hungria, que ao contrário dos anos anteriores apresentou algumas boas ultrapassagens e colocações surpreendentes. As favoritas Williams foram derrotadas pela sujeira e pelo controle de tração na hora da largada, perdendo qualquer possibilidade de almejar a vitória. Melhor para Alonso, o mais jovem da história a ganhar uma corrida de F-1, que além de sair na frente contou com a ajuda de Webber. O australiano segurou o pelotão dos favoritos e permitiu que o espanhol abrisse uma grande vantagem.
Raikkonen e Montoya fizeram boas corridas táticas e conseguiram se aproximar de um irreconhecível Schumacher, que mostra que sob pressão erra tanto quannto os outros. O colombiano é no momento o grande favorito por ter o melhor conjunto carro-motor-pneus-gasolina. Só não pode se empolgar e jogar tudo fora como quase fez ao rodar sozinho já no final da corrida húngara.
O alemão queixudo que se cuide.
Negra magia
Daiane dos santos deu show no Mundial de ginástica artística, inventou uma nova acrobacia que será batizada com seu nome, e garantiu uma medalha de ouro inédita para o país em cem anos de história da competição. Os resultados cada vez melhores da equipe de ginástica são o melhor exemplo de que uma administração séria, com os recursos necessários, é o caminho para que o país melhore seu rendimento nos esportes olímpicos. Falta agora uma boa política de incentivo ao esporte nas escolas, celeiros de novas revelações esportivas.
Nota 10
Para Daiane dos Santos e Fernando Alonso pelos shows do fim de semana.
Nota 0
Para Schumacher que mostra que não é tão perfeito assim. Para a Ferrari por mais uma série de lambanças que culminou com a inexplicável perda da suspensão traseira esquerda do carro de Barrichello, o eterno pé-frio.