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A soberba é a mãe de todos os pecados.

13 abr 2010 às 16:17
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A SOBERBA É A MÃE DE TODOS OS PECADOS.

No Séc. VI, na Idade Média, o Papa Gregório Magno instituiu os sete pecados capitais, que são as atitudes do ser humano que vão de encontro às leis divinas. A intenção era educar seus seguidores para que estes compreendessem que tais ações deveriam ser controladas; caso contrário, haveria a condenação, por isso chamados de "capitais". Capital é mortal, fatal. Pecado capital é, então, aquele que leva à condenação à morte. São eles: vaidade (também chamada de soberba ou de orgulho), inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria. Hoje nos ateremos à soberba, que, segundo São Tomás de Aquino, é a mãe de todos os pecados.

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Soberba, segundo a enciclopédia livre da internet, Wikipedia, é "o sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais". Já o dicionário Aulete diz que é "arrogância, orgulho desmedido".

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PECADO OU VÍCIO?

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Para um religioso, é pecado; para um filósofo, vício, que é o oposto de virtude, cujo significado, segundo o dicionário Houaiss, é "qualidade do que se conforma com o considerado correto e desejável". Soberba é o pecado, é o vício. Humildade, a virtude.
O correto e desejável é agir com humildade, não no sentido de fraqueza com relação às outras pessoas, mas no de ter consciência das próprias limitações, de ter temperança, modéstia, sensatez. Um indivíduo humilde não é vaidoso, ou seja, não demonstra aos demais grande satisfação com o próprio valor e não tem excesso de amor-próprio.

NINGUÉM MAIS É MAIS NINGUÉM.

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Uma pessoa que tem soberba talvez nem perceba que age com soberbia, por tão habitual a si próprio que seu comportamento se tornou. Um pequeno elogio se transforma numa verdade absoluta. Basta um "Este é o cara", para o fulano se julgar de fato ‘o cara’ e passar a agir como se fosse mesmo ‘o cara’. Ninguém mais é mais ninguém, a não ser ele próprio. Tudo que ele realiza é melhor que o que as demais pessoas já fizeram ou virão a fazer. Não enxerga nada a não ser o seu próprio nariz, ou a sua própria barriga.
O procedimento de quem tem a pretensão de superioridade sobre as demais pessoas sempre é o de sentir-se especial, por isso infalível. Dessa maneira não admite que o julguem, pois, por mais que seu comportamento tenha sido reprovável, sempre se considera o detentor da verdade. Como alguém pode julgá-lo, se jamais comete erros? Os outros é que sempre estão errados ou equivocados. Os outros é que não o entendem, ou o entendem, mas, agindo de má-fé, querem denegrir sua imagem ilibada. Assim raciocina o soberbo, equivocadamente.

OS OUTROS SÃO OS OUTROS E SÓ.

Para o soberbo, tudo que ele faz tem um sentido maior, mesmo que outras pessoas já tenham feito algo semelhante: seu discurso é o melhor, seu trabalho é o melhor, suas aulas são as melhores, seu modo de agir é o exemplo a ser copiado por todos, pois é o melhor. "Os outros são os outros e só". Para ele não basta estar entre os melhores; tem de ser o melhor. Não basta ser um urso; tem de ser um urso-pardo, o maior dentre todos. Não basta ser um tigre; tem de ser um tigre-de-bengala, o mais famoso dentre os tigres. Não basta ser uma lula, que tem oito braços e dois tentáculos; tem de ser uma lula-gigante, que chega a alcançar absurdos 16m de comprimento.
O soberbo se basta. O ideal para ele seria que não houvesse pessoas como ele, pois, assim, seria o único. Como isso é impossível, ele as trata como subalternas, provocando uma reação de indignação nelas, que, ao perceberem a realidade, passam a desprezá-lo, o que alimenta a sua ira, no entanto, como ele não se vê tal qual é, mas com olhos de soberbia, enxerga sua ira como se fosse indignação e julga, equivocadamente, que as pessoas o tratam com injustiça.
E assim continua agindo o soberbo. Sente-se injustiçado, e se torna injusto. Sente-se oprimido, e se torna opressor. Sente-se perseguido, e se torna perseguidor. Sente-se tiranizado, e se torna tiranizador.


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