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A virtude é a medida do homem

18 dez 2009 às 15:54
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A VIRTUDE É A MEDIDA DO HOMEM.


Esses dias, apliquei uma tarefa aos meus alunos pedindo-lhes que enumerassem quatro ações virtuosas importantes para a convivência pacífica e ordeira no dia a dia e que escrevessem um pequeno texto para cada ação justificando a sua escolha.
Um aluno perguntou-me quantas ações virtuosas existem, ao que lhe respondi que não há um número exato. É impossível enumerar todas as ações que possam ser virtuosas, pois é virtuoso tudo aquilo que seja efetivado pelo bem de outras pessoas ou pelo bem da comunidade. E ações dirigidas ao bem não têm fim. Há de se fazer o bem a si e a outrem sem contar o número de vezes que o faz.

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Sêneca, um dos mais importantes filósofos do Império Romano, escreveu que "o que pode dar valor e nobreza a uma pessoa é somente a virtude". Segundo o dicionário Houaiss, "virtude" é "a qualidade do que se conforma com o considerado correto e desejável" ou ainda o que tem "conformidade com o Bem, com a excelência moral ou de conduta". Será o ser humano suscetível às virtudes ou para isso é necessário muito esforço e perseverança?
Para Jean-Jacques Rosseau, filósofo suíço, "o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe". Segundo ele, portanto, há uma pureza original, mas a vida em comum induz o homem ao erro e aos defeitos. O que é estranho nessa teoria de Rousseau é que o próprio homem é que constitui a sociedade. Como pode esta corromper aquele, se é ele quem a forma? A vida em comum provoca a competição entre os homens, e isso os torna maus? O fato de viver em sociedade elimina a pureza do ser humano? Ou não há pureza alguma, e Rousseau estava errado?

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INTERESSE NA PRÓPRIA FELICIDADE.


Quem pensava mais ou menos isso era Bernard Mandeville, a quem o homem está mais interessado em sua própria felicidade. Tudo o que se faz, faz-se por vaidade, inclusive as boas ações. Em tudo, o ser humano está à procura de aprovação de outrem. Mandeville chega a atribuir importância aos vícios, como a ambição, o egoísmo, o desejo de ostentação, dentre inúmeros outros, pois julga que sem eles as sociedades não evoluem. O indivíduo busca sua própria felicidade, e isso traz como consequência a evolução do grupo do qual ele participa, não importando os meios utilizados para atingir o fim pretendido. Isso ele demonstra em seu livro "Vícios privados, benefícios públicos". O próprio nome do livro demonstra a sua teoria.
O homem é bom ou mau? A sociedade o corrompe ou o educa? Essas são reflexões interessantes que podemos realizar qualquer dia desses. O que, porém, nos interessa agora é outra reflexão: ações virtuosas importantes para a convivência pacífica e ordeira no dia a dia; ações dirigidas ao bem. Qualquer cidadão pode praticar ações virtuosas independentemente de ter sido bom ou mau até então. O cidadão desonesto pode decidir que agirá honestamente a partir de determinado momento; o corrupto, que será impoluto; o dado a dizer mentiras, sincero; o traidor, fiel.

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AGIR CONFORME O QUE CONSIDERADO CORRETO.


Qualquer indivíduo pode agir conforme o que é considerado correto e desejável; qualquer um pode agir em conformidade com o bem. Basta querer assim ser e esforçar-se para assim agir. Essa sempre foi e é a busca da Filosofia. A reflexão constante e sistemática a respeito do bem viver. De nada adianta, porém, apenas pensar nisso, se não houver a ação. "De boas intenções o inferno está cheio", diz um ditado popular, ou seja, infrutíferas são as boas intenções se, no momento da ação, elas não se concretizem, e sim más ações sejam realizadas.
Os vícios devem ser excluídos, inclusive aqueles que possam ajudar a evolução da sociedade. Não se devem apenas buscar os resultados; importa como os resultados são atingidos e os meios utilizados para se atingirem os resultados. Não interessa se o ser humano é bom ou mau; interessa sim agir sempre buscando o bem. O mau pode converter-se em bom; o bom tem de continuar sendo bom e servir como exemplo aos demais.


ESTIMULE-SE A APERFEIÇOAR O CARÁTER.

Ao meu aluno, portanto, lhe digo: aja sempre pensando no bem, não somente a si, mas a outrem. Não julgue a sociedade nem cidadão algum, pois todos somos passíveis de imperfeições. Afaste-se dos vícios, dos defeitos, das falhas, dos erros. Aproxime-se do que é bom e do bem. Estimule-se a aperfeiçoar seu caráter, tenha sempre uma conduta ilibada e seja com os demais o que quer que eles sejam com você. Assim, certamente, alcançará a arte de bem viver.


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