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O Educador afetivo

30 set 2009 às 18:00
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Fala-se muito sobre afetividade hoje em dia. Muitos, porém, não sabem o significado dessa palavra, nem do que é ser afetivo ou do que é ter afeto. Segundo os dicionários e os tratados de psicologia, a palavra afeto possui tanto significados positivos quanto negativos. Vejamos alguns deles:

- Sentimento terno de afeição por pessoa ou animal; amizade.
- Reação de agrado ou de desagrado em relação a algo ou a alguém; simpatia ou antipatia
- Sentimento ou emoção em diferentes graus de complexidade: amizade, paixão, amor, ira, ódio...
Observe, então, que dizer que alguém trata os demais com afeto não significa muita coisa. Tanto pode significar que os ama quanto que os odeia. Tanto pode indicar que a pessoa agrada quanto que desagrada. Claro está que usamos essa palavra com o significado positivo, como o sentimento terno de afeição. E é isso que nos interessa: o afeto bom; a ligação espiritual com outras pessoas repleta de ternura; o relacionamento bem-intencionado, com o propósito de afetar positivamente o comportamento das demais pessoas. Isso, porém, não se consegue sendo tão somente carinhoso, no sentido de envolver contato físico agradável.

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AFETAR POSITIVAMENTE O COMPORTAMENTO DOS DEMAIS

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Consegue-se a relação espiritual terna sendo carinhoso, sim, mas, só isso não basta: se o adulto não for uma autoridade firme nem o exemplo a ser seguido pelos jovens, não conseguirá afetar positivamente o comportamento destes, que o tratarão bem, serão respeitosos com ele, obedecerão a ele até, mas, se ele não for o exemplo nem a autoridade, não serão estimulados a comportar-se apropriadamente, que é o objetivo maior da disciplina, nem aprenderão que os limites são importantes na vida de todos, até na dos adultos.
Ser autoridade é fazer executar o que deve ser cumprido - com firmeza, se necessário. Talvez essa seja a maior dificuldade enfrentada pelo adulto, seja pai, mãe, padrasto, madrasta, professor ou professora, quando o assunto é afetividade.

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TER AUTORIDADE É TER ALTERIDADE


Muitos pais não têm paciência para exercer a autoridade adequadamente e acabam sendo autoritários, no sentido daquele que se firma ditatorialmente, esquecendo-se de que para ter autoridade é preciso ter alteridade, palavra derivada do Latim, cujo significado é "natureza ou condição do que é outro, do que é distinto", ou seja, ter alteridade (com l, não com u) significa conhecer o outro e respeitá-lo. Para o adulto ter autoridade (agora com u), então, é preciso ter um sentimento de simpatia para com a trajetória pessoal dos jovens (e dos demais adultos também), acompanhado do desejo de que se tornem cidadãos irrepreensíveis na sua conduta, de que sejam honestos e honrados, ou seja, de que se destaquem por suas qualidades morais socialmente aceitas. É preciso, porém, ser o exemplo para estimular os demais a agirem dessa maneira.

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A ARTE DE CONVIVER


Em sala de aula, muitos professores passam aos alunos a teoria da ciência que lecionam, resolvem os exercícios do material didático, esclarecem as dúvidas para a prova – sempre com os jovens em silêncio absoluto - e pronto. Está feito o trabalho do professor. Do professor, sim, mas do Educador, não.
O Educador é aquele que, principalmente nas séries iniciais e intermediárias, além de lecionar, ensina a arte de conviver e mostra a importância de se compartilharem conhecimentos por meio de discussões, das quais os jovens participam defendendo seus próprios pontos de vista sem interferência do adulto. Isso é que deve ser executado dentro da sala de aula, além da exposição da teoria, evidentemente. O jovem tem de aprender a interagir, e não a somente ouvir; tem de se acostumar a emitir a sua opinião sem medo de críticas nem de zombaria (em casa também).
Se os professores se preocuparem com o dia a dia dos jovens - e com o seu próprio - e passarem a sondar o pensamento deles e a estimulá-los a emitir suas opiniões mediante argumentação, a interação passará a ser realidade, e não somente belo discurso de pedagogo ou de psicólogo com a intenção de vender seus livros.
Cada texto, cada teste, cada imagem pode transformar-se em aprendizagem de fato, em compartilhamento de ideias, em uma verdadeira aula de afetividade.


INTELIGÊNCIA SOCIAL

Os adultos têm de focar a evolução da inteligência social das crianças e dos jovens, afinal o objetivo da educação é a socialização, é o aprender a conviver com as demais pessoas. A nossa maior missão como adultos é a de ajudar os jovens a crescerem com afeto para que, no futuro, haja uma sociedade melhor.


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