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O QUE QUEREMOS PARA NOSSOS FILHOS?

03 fev 2010 às 10:10
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O QUE QUEREMOS PARA NOSSOS FILHOS?


Os pais sempre querem um futuro brilhante a seus filhos. Os que se
preocupam com eles, logicamente, pois há os ausentes eternos, que nem
sabem que tipo de futuro seus rebentos terão. Trato aqui, porém, daqueles que
pensam em algo melhor aos ‘serezinhos’ que colocaram no mundo. Mesmos
esses muitas vezes acabam equivocando-se e exagerando na medida daquilo
que pretendem aos pequenos.
O que queremos para nossos filhos? Que se formem em um bom curso
superior e sejam excelentes profissionais, não importando como consigam isso,
ou que sejam cidadãos honestos, éticos e felizes, independentemente da
profissão que escolherem e dos proventos a que tiverem direito?

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CADA UM ACHA SEU PRÓPRIO CAMINHO.

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A família do futuro resgatando valores.

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Terra sem cultivo não produz; tampouco a mente.


Muitos são os que exigem que seus filhos ‘escolham’ determinadas
carreiras por acharem ser esse o melhor caminho a eles. Essa é uma atitude
inadequada, pois o caminho próprio cada um tem de achar por sua livre escolha,
e não por pressão da família. Que adianta ter um filho formado em Medicina que
consegue seu dinheiro por meio de abortos? Ou um engenheiro que constrói
seus edifícios com mais areia que cimento e os vê ruir e matar dezenas ou
centenas de pessoas? Ou ainda um advogado cujos honorários provêm de
políticos corruptos, que sempre precisam de bons advogados para os livrar de
suas falcatruas? É esse o futuro que você quer a seus filhos?
O problema é que a maioria de nós pensa a frase apresentada no início do
texto (O que queremos para nossos filhos?) com a preposição errada: em
vez de usarem a preposição "para" (O que queremos para nossos filhos),
usam a preposição "de" (O que queremos de nossos filhos). Em vez de
pensar num futuro para eles, exige um futuro deles. É o médico que quer que
seu filho seja médico; é o advogado que quer que seu filho seja advogado; é o
professor que não quer que seu filho seja professor, etc.

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MÉTODO CRICA COBRA DE EDUCAÇÃO


Com essa troca de preposição, passamos a educar as crianças usando o
método "crica cobra" de educação, em que há somente críticas (cri),
castigos (ca) e cobranças (cobra) (Na década de 1970, crica era a
denominação que se dava à pessoa chata, maçante, enfadonha). Não quero
dizer que não se deva criticar, castigar nem cobrar, mas o que ocorre
costumeiramente são críticas desnecessárias, castigos inadequados e cobranças
demasiadas enquanto deveria haver críticas construtivas, castigos do tamanho
do mau comportamento e cobranças de bom comportamento.
Observe que no método adequado de educação, o foco sempre é a
criança: Críticas construtivas, para que o jovem pense naquilo que ele pode fazer
de bom, não naquilo que ele fez de ruim; castigos do tamanho do mau
comportamento, para que o jovem tenha a medida exata daquilo que fez de
errado; cobranças do bom comportamento, para que o jovem tenha em mente
aquilo que ele tem de ser: um bom cidadão. Isso é importante porque nós,
seres humanos, só entendemos as coisas a partir de nossa própria perspectiva,
não a partir da perspectiva do outro, por isso de nada adiantam os discursos do
pai que quer que seu filho entenda o que tem de ser feito, nem as broncas da
mãe que, inutilmente, não quer que se repitam os maus comportamentos.

SÓ TEM AUTORIDADE QUEM TEM ALTERIDADE.

Os adultos conhecedores dessa realidade educam seus filhos com limites,
sem medo de errar, porque conseguem usar sua autoridade sem serem
autoritários demais, conquistando o respeito dos jovens sem necessidade do
método crica cobra de educação. Para chegar a isso, é preciso ser
também conhecedor da necessidade de haver alteridade em seus
relacionamentos. Alteridade significa, segundo o dicionário Houaiss, "natureza ou
condição do que é outro, do que é distinto", ou seja, age com alteridade aquele
que pensa no outro, motivando-o a ter determinado comportamento porque
passa a ver que essa é a atitude ideal, não porque foi obrigado a fazer isso.
Quem assim o faz pode ter a certeza de estar no caminho adequado para
seus filhos atingirem a boa educação e para se transformar num bom educador,
que é aquele que sabe que o mais importante da educação não é o
conhecimento de fatos, de acontecimentos, mas sim dos valores, que alimentam
os bons relacionamentos. Isso é que temos de querer para nossos filhos:
valores! Isso é que formará o futuro deles.


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