O futebol brasileiro é assim mesmo. Vive de confusões e confrontos entre dirigentes. Tem sido assim desde que o mundo é mundo. Havia até a máxima aplicada durante a ditadura: “Onde a Arena vai mal, mais um time no nacional”. E assim o Brasileirão chegou a quase cem participantes. Uma beleza.
Agora a bronca é a criação das ligas, como a que pretende gerir a Copa Sul-Minas. Houve até quem publicasse tabela, regulamento e participantes, mas o bom senso sugere cautela quando a fonte é um dirigente esportivo. Eles brigam e utilizam todos os meios, inclusive a imprensa, que muitas vezes acaba sendo conduzida sem saber. O Malutrom conseguiu uma liminar suspendendo o torneio seletivo idealizado pela Federação Paranaense. A briga vai longe e não tem inocentes. Todos lutam por seus exclusivos interesses, que no final das contas resumem-se a grana pura.
Quando o Clube dos 13 surgiu, a promessa era uma revolução no futebol brasileiro. Nada mudou. A panela continuou a mesma e os desmandos, maiores. Foi com o aval do clube da panela que times rebaixados foram reconduzidos à elite com alegações infantis, simplistas e vexatórias. Mas o futebol resiste.
Até quando? Não há prazo, nem certezas nesse jogo. O torcedor não abre mão, mesmo que a média de público tenha caído, e continua pagando seu ingresso para torcer pelo time de coração. Tomara que mais corações se emocionem com o futebol, a ponto de torná-lo confiável ao seu grande amante, o anônimo torcedor.
Os torneios regionais são uma realidade e este é o último ano em que teremos essa disputa jurídica pelo direito de indicação dos participantes. Depois haverá um regulamento para acesso e tudo funcionará como o planejado. Será?