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Imprensa infeliz

12 dez 2001 às 10:59

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Que a imprensa nacional sempre teve preconceito contra o surgimento de novas forças no futebol brasileiro, todo mundo sabe. Mas daí a escrachar a decisão envolvendo São Caetano e Atlético Paranaense, já é um absurdo.

A Folha de São Paulo de ontem abordou de forma extremamente deselegante a final entre os dois melhores times da competição. Usou um detalhe sórdido para escrachar os dois times. Classificou de “menor decisão do Brasil” o confronto pelo simples fato de o público das duas partidas poder chegar, no máximo, a 60 mil pessoas. O infeliz irresponsável pela matéria deve ter achado engraçado brincar com os números.

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Por que não utilizou números mais pertinentes, então? Como por exemplo a soma de pontos dos dois ao longo de 27 rodadas de um campeonato que se mostrou dificílimo e que exigiu estrutura verdadeiramente grande dos seus participantes? Porque Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Botafogo, Fluminense, Vasco e o resto não tiveram competência para se estabelecerem diante da nova realidade do nosso futebol? É isso que incomoda essa gente? Pois então eles é que terão que engolir o desabafo de Zagallo. O mundo mudou. Só não vê quem não quer.

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São desprezíveis os profissionais que tentam manobrar de forma tão vergonhosa as informações. Mas tudo bem, faz parte. Importante agora é provar o contrário e sepultar o infeliz para sempre. Lembram do Márcio Guedes? Pois é. Até hoje ele lamenta ter feito os deselegantes comentários que fez contra o Atlético. Jornalista que se acha, geralmente tem vida curta.


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