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Lição de Futebol

18 dez 2001 às 14:31
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Foi preciso esperar a razão voltar a se manifestar para escrever sobre o jogo de Domingo. A emoção tomou conta, imagino, de todos que acompanham de perto o futebol. Mais ainda pelo fato de um clube paranaense ter conseguido uma importante vantagem para a partida final. A proximidade da conquista confunde os sentimentos e o risco de falar bobagens nessa hora é grande.

Vamos ficar com os fatos. Foi um belíssimo jogo de futebol. A essência do futebol brasileiro se apresentando para uma platéia fora de série. Atlético e São Caetano aperfeiçoaram o futebol praticado na época “em que se amarrava cachorro com lingüiça”. Foram exuberantes e práticos, se é que isso é possível. Uma apresentação encantadora, com o maior número de gols marcados em uma final de campeonato em toda a história do Brasileirão.

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O placar pode até não ter sido justo, já que o São Caetano mostrou porque foi o time que mais pontos somou ao longo da primeira fase da competição. Dominou o Atlético em seu campo, chegou ao gol de empate e virou o marcador. Impressionante. Mas impressionante também é o rubro-negro. Cedeu espaço ao conquistar a vantagem antes dos cinco minutos e sentiu o gosto amargo do seu próprio veneno. Sim, porque o adversário apresentava as mesmas jogadas de velocidade com as quais o Atlético escreveu sua trajetória de sucesso. Foi na base da raça que os atleticanos se encontraram em campo.

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Depois do segundo gol do azulão, a resposta imediata devolveu a confiança que jogadores e torcedores precisavam para incendiar o caldeirão. Foi mágico e emblemático. O quarto gol pode ser considerado um presente dos céus para os atleticanos. Uma vantagem a ser considerada para o jogo da volta, mas não tão grande quanto a maior das vantagens: um ataque avassalador. A probabilidade de marcar é muito grande, o que pode intimidar o São Caetano. se ficar o bicho come, se correr, o bicho pega.

Foi mais que uma aula de futebol, foi uma lição. Que mostrou que o que conta é o conjunto e não uma estrela, a programação e não o chute e as contas em dia, não a promessa. Daqui para frente o futebol pode mudar. O Corinthians já não quis pagar um salário astronômico para seu novo técnico e parece ser essa a nova ordem. Os pequenos gigantes estão mostrando como se faz. Só falta a seleção aprender.


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