O principal método contraceptivo e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), a camisinha, pode ser um perigo para algumas pessoas. O látex, presente em sua composição, desenvolve diferentes reações clínicas em quem tem alergia ao produto, segundo a alergologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Yara Mello.
Mesmo não sendo tão comum, atingindo cerca de 4% da população mundial, a sensibilidade tem mais chance em ser desenvolvida no meio médico e em pessoas que passam por diversas cirurgias. A especialista reforça que as manifestações podem ocorrer de diferentes formas.
"Pode haver desde uma simples reação de contato, que se restringe ao local, ou algo mais grave, como uma anafilaxia (ou choque anafilático), que, em alguns casos, chega a ser fatal", complementa.
Leia mais:
Viih Tube revela se pretende ter mais filhos e expõe planos com Eliezer
Aline Wirley e Igor Rickli apresentam filhos adotivos ao público
PRE reforça a obrigatoriedade de cadeirinha e assento elevado para crianças
Confira 5 dicas para evitar acidentes domésticos com crianças nas férias
Yara Mello afirma que dificilmente essas reações serão confundidas com alguma DST, por serem bem características e com o surgimento de forma rápida. A médica ressalta ainda que o diagnóstico preciso é um dos pontos mais importantes.
"Caso a pessoa tenha uma reação depois do uso do preservativo, é preciso analisar bem. O diagnostico é o mais importante, para que possamos definir se existe uma restrição ao uso do látex, até porque o preservativo tem uma função importante."
Com a confirmação da alergia ao produto, a camisinha não deve ser retirada das práticas sexuais. Como aconselha a alergologista, homens e mulheres têm a possibilidade de substituí-la por modelos que sejam feitos à base de silicone.
De acordo com a médica, também não é conduta impedir a relação sexual quando houver lesões, mas este quadro clínico dificultará a prática. "Se houver uma lesão no órgão genital, é mais aconselhável esperar melhorar o problema".