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Efeito colateral

Dor de cabeça pós-parto: por que ela ocorre e como evitar?

Redação Bonde
12 nov 2015 às 10:53

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- Reprodução
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Sentir dor de cabeça após o parto é um sinal de alerta que deve ser investigado pela equipe médica. Em geral, esse sintoma é um efeito colateral da anestesia. Mas também pode indicar a ocorrência de pré-eclâmpsia, problema ligado à pressão arterial e que pode acontecer até mesmo depois do parto. No caso de pré-eclâmpsia, pode haver perturbações visuais e/ou enjoo também. Sem atendimento, o problema pode evoluir para a eclâmpsia e representa risco de vida à mulher.

Anestesia

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Muitas mulheres submetidas a partos com analgesia se queixam de dor de cabeça depois de terem tomado raquianestesia. Isso pode acontecer quando há queda da pressão interna do crânio. Para entender por que isso acontece e como pode ser evitado, é preciso conhecer o mecanismo desse tipo de anestesia, muito comum por ter ação rápida, boa intensidade de bloqueio da dor e por preservar a consciência do paciente.

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A dor de cabeça após uma raqui tem características bem definidas e diferentes de outros tipos de cefaleia. Quando a dor é efeito colateral da anestesia a pessoa melhora significativamente ao se deitar, e piora muito quando se levanta ou se senta. Se a dor não for acompanhada deste componente postural, certamente não é um efeito da raqui.

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O que causa a dor


A raquianestesia é o processo de aplicação de um anestésico local no líquor, fluido corporal que ocupa um espaço específico do cérebro e da medula espinhal e tem como principal função proteger o Sistema Nervoso Central. O contato do anestésico com este fluido causa bloqueio temporário e reversível das atividades autônoma, sensitiva e motora dos membros inferiores do paciente.

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Vazamento


Para este "encontro" acontecer, uma agulha é introduzida na região da lombar até chegar no líquor e então o anestésico é aplicado. Quando a agulha é retirada, fica um 'furinho' lá dentro, podendo haver um leve vazamento do líquor. Se isso ocorre, a pressão de todo o sistema nervoso é alterada, fazendo com que a pressão intracraniana caia, provocando latejamento do cérebro.

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Sem cortes


Para reduzir ou evitar o vazamento do líquor, é preciso que a agulha não corte o tecido do paciente, apenas separe as fibras. Para isso, sua ponta deve ser arredondada, como a ponta de um lápis. Nesses casos, o orifício se fecha rapidamente. Essa agulha é chamada de ponta de lápis.

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Alívio da dor


O tratamento da cefaleia pós-raqui consiste no repouso (a pessoa tem que ficar deitada), hidratação, uso de anti-inflamatórios, corticoides e cafeína. Caso o tratamento clínico não de certo utiliza-se o blood patch, um procedimento feito com o próprio sangue do paciente para cicatrizar o 'furinho' que ocorreu após uma punção lombar ou raquianestesia.

Fonte: (BD Medical, Diagnostics e Biosciences, Dr. Merio Peres e Baby Center Brasil)


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