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Alerta especialista

É preciso falar sobre dinheiro com crianças e jovens

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
10 jul 2017 às 15:23

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- Reprodução/Pixabay
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Administração financeira se aprende em casa. É o que defende o educador e psicólogo Marcos Meier, consultor da Conquista Soluções Educacionais. Segundo ele, há uma diferença grande entre querer dar aos filhos tudo o que não se teve e fazer com que eles conquistem seus objetivos por meio do trabalho. Além do foco distinto, as duas ações requerem posturas diferentes – da família e da escola – e trarão resultados muito diversos na vida dos jovens. Isso porque, explica, existe uma grande diferença entre preço e valor, e é preciso saber reconhecer cada um.

"O preço é quantidade em reais que você precisa para comprar um objeto. Já o valor é a quantidade de tempo que um trabalhador investe para conquistar esse montante de dinheiro", esclarece. "A sensação de gratuidade, de posse sem esforço e de conquista sem trabalho é decorrente da falta de educação financeira", acredita o consultor.

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Se um carro popular custa R$ 30 mil, este é o preço do veículo. No entanto, para um trabalhador que ganha um salário mínimo, isto significa investir mais de 30 meses de seu salário integral. Ou seja, o valor do carro são três anos de trabalho. Ainda que o indivíduo tenha um salário muito maior que o mínimo, o valor do carro continua altíssimo em termos de tempo de vida investido. Para Meier, essas reflexões precisam ser ensinadas às crianças e adolescentes. "O ideal seria a escola ajudar com palestras, projetos e aulas. No entanto, a família é o principal agente desse trabalho. E o exemplo dentro de casa é fundamental, a começar pelo planejamento financeiro feito em conjunto. A ideia de reunir pais e filhos para debater os ganhos e os gastos da casa também é defendida pelo palestrante e especialista em finanças comportamentais, Altemir Farinhas.

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Ao colocar os números na ponta do lápis fica mais fácil entender em qual dos cenários a família se encontra: se as receitas forem menores que as despesas, ela está endividada. Se elas forem iguais, o futuro é incerto. Mas se a receita for maior é preciso manter o equilíbrio financeiro, investir bem e aproveitar a vida com comedimento. "A família é como um time que precisa jogar junto para vencer. De nada adianta a esposa ser econômica e o marido não. Também não adianta pais poupadores com filhos gastadores. É preciso controle contínuo e conjunto. Os esforços devem vir de todos e cada um deverá abrir mão de algo em prol do time", conclui o especialista. Na escola, inúmeras disciplinas também podem abordar o tema economia financeira de modo lúdico, aproximando ainda mais o conhecimento da vida prática.


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