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Superproteção

Excesso de cuidados prejudica desenvolvimento dos filhos

Redação Bonde
09 mai 2012 às 09:39

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- Reprodução
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Sabe aquelas mães e todos os agregados da família que ficam o tempo todo ao lado da criança, segurando a mão, não deixando ela cair, se levantar sozinha? A cena é muito comum, porém, a má notícia é que eles não sabem que estão prejudicando, e muito, o desenvolvimento motor da criança. Se o pequeno tropeça muito, não corre tanto quanto deveria para a idade, tem dificuldades em subir degraus ou sentar, atenção! Alguma coisa está errada e é hora de procurar um especialista.

Superproteção ou supervisão?

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A superproteção familiar impede que as crianças conheçam e se aventurem pelo mundo por conta própria. Uma das causas desse zelo excessivo é o medo de expor os filhos em situações de risco. Com isso, pais e familiares passam a acompanhar cada passo desta criança, que fica "presa" em uma redoma de vidro, colocando em risco seu desenvolvimento motor. Este monitoramento exagerado inibe vivências e experiências próprias da idade, relevantes para o crescimento saudável. "Superproteção é diferente de supervisão", alerta a fisioterapeuta Fernanda Davi, especialista em fisioterapia infantil.

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Filhos únicos, bebês prematuros ou adotivos também são fortes candidatos a sofrerem superproteção. Se pensarmos que o número de casais hoje com apenas um filho aumenta a cada dia, a quantidade de crianças que vão andar mais tarde ou se desenvolver de forma lenta também só tende a crescer. Por conta disso, as crianças estão desaprendendo as brincadeiras tradicionais, que até algum tempo atrás eram primordiais no desenvolvimento e na evolução motora.

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Segundo Fernanda, além do atraso motor, outras consequências devem ser levadas em consideração, como perda de personalidade, medo de enfrentar situações diferentes, dificuldade de relacionamento com outras crianças, reclusão, falta de iniciativa. "Pequenos gestos já sinalizam a falta de desenvolvimento, como por exemplo, quando a criança tem falta de equilíbrio, tropeça muito, não corre, tem dificuldades em subir degraus, sentar", explica, ressaltando que "não existe criança preguiçosa, se ela não está querendo brincar alguma coisa está acontecendo com ela", afirma.


Veja as dicas da fisioterapeuta para ajudar no desenvolvimento da criança e a perceber se tem algo errado com o desenvolvimento motor:

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• Recém nascido


Conversar próximo ao rosto para começar a fixar e dar mobilidade a cabeça. A ação também ajuda a desenvolver a visão e audição.

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• 2 meses a 3 meses


Os pais devem ficar atentos ao reflexo do bebê. Se a criança não te segue e não se assusta com barulhos, algo está errado.

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• 4 meses


Normalmente neste período, o pescoço deve já estar firme e a criança sempre está alerta, dorme menos. É necessário colocar a criança de barriguinha pra baixo para começar a estimulá-la a controlar a cabeça. Brincar de rolar é um bom estímulo nesse período.

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• 5 a 6 meses


O ideal é começar a deixar a criança mais sentada para que ela vivencie a postura. Tirar o encosto ajuda na conscientização do corpo.

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• 7 a 8 meses


Explorar o meio em que vive, deixar engatinhar e estimular colocando os brinquedos distantes para que vá até eles.


• 9 a 10 meses


Começa o momento em que os pais tem que começar a pensar no andar. O ideal é colocar a criança em pé para que sinta o próprio peso, e assim, crie equilíbrio.


• 1 a 2 anos


Realizar atividades que ajudam no desenvolvimento motor como subir e descer escada, pular obstáculos, correr, dançar, entre outras.

*Fernanda Davi é fisioterapeuta, especializada em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal pelo Instituto da Criança/ Hospital das Clinicas - USP.


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