Um grupo de especialistas do Google anunciou nesta quarta-feira (3) a descoberta de graves falhas de segurança em processadores para computadores e dispositivos móveis fabricados pela Intel e outras empresas. De acordo com a equipe "Project Zero", do Google, a vulnerabilidade dos "chips" poderia permitir que senhas e outros dados privados da memória de um sistema fossem acessados remotamente. A empresa revelou a falha logo após a Intel dizer que estava trabalhando para corrigir este erro e minimizar o problema. Na ocasião, a processadora disse que o usuário não experimentará deficiências significativas no desempenho de seus computadores.
"Não há possibilidade de corromper, modificar ou eliminar dados", ressalta a nota da Intel, que qualificou de "incorretas" as informações sobre um "erro" ou "falha" exclusiva de seus produtos. "Com base em análises realizadas até esta data" foi constatado "que muitos tipos de dispositivos informáticos - como processadores e sistemas operacionais de diversos provedores - são suscetíveis a estes defeitos", admitiu.
O presidente-executivo da Intel, Brian Krzanich, informou à CNBC que "basicamente todos os processadores modernos, em todas as aplicações", usam este processo conhecido como "memória de acesso". O Google ainda afirma que a falha também está presente em outros processadores e sistemas operacionais como da ARM e AMD. Ontem (3), após a declaração, as ações da Intel caíram 3,4%, a U$ 45,26.