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Filho único: uma realidade dos tempos modernos

Redação Bonde
06 abr 2010 às 09:49

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- Reprodução
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Criança birrenta, emburrada, mal-educada e sem limites. Este é o estereótipo que muitos têm de um filho único. Mas atualmente a realidade é bem diferente. Criar um filho sem irmãos não é necessariamente ter um pequeno ditador em casa.

O índice de famílias brasileiras que optam por ter apenas um filho tem crescido consideravelmente e esta decisão é tomada por diversos motivos, que incluem condição financeira, gravidez tardia, vida profissional etc. Independente dos fatores que levam a esta condição, o importante é ressaltar que não existe nenhuma perda real em ser filho único.

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"Desde que os pais cultuem bons hábitos de educação e a criança tenha a oportunidade de no momento adequado ser inserida na sociedade, através do ingresso na escola, ser filho único não é um problema", explica a psicóloga e consultora familiar Antoniele Fagundes.

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A criança que cresce sem irmãos não será basicamente mimada ou solitária. Quando a família interage de forma saudável e sem excessos nos momentos em comum e incentiva a convivência da criança com primos, amigos e vizinhos a solidão não será um problema.

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Muitas famílias alimentam a preocupação da criança não aprender a compartilhar, por ser sozinha. Antoniele esclarece que espaços ou aparelhos em casa que são divididos como banheiros, escritórios, televisores e computadores são um bom exercício para inserir este conceito na vida da criança.


Outro ponto significante na criação de um filho único é aprender a controlar o impulso de fazer tudo pela criança. É importante que ela exercite suas capacidades e aprenda com seus erros e acertos. "A atitude de educar sem exageros com a prontidão constante, levará os filhos a compreender que existem outros interesses e pessoas além deles. E mais, ensinar que nem por isso eles deixam de ser importantes", observa a consultora.

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Em alguns casos os pais criam muitas expectativas sobre a criança, seus talentos, seu futuro etc. Situações deste tipo provavelmente podem levar à frustração. A criança tem que ter liberdade para desenvolver suas habilidades de acordo com suas preferências e não apenas para realizar os sonhos dos pais.


Embora muitos enumerem diferentes aspectos negativos em ter apenas um filho, também existem pontos positivos nesta história. O filho único possivelmente se tornará um adulto confiante porque se sente valorizado dentro do lar e o vínculo com os pais tende a ser mais próximo por conta do convívio.


Não se preocupe quando disser que tem um filho único e alguém falar: "Deve ser mimado! O preconceito existe e leva as pessoas a terem avaliações precipitadas. O que faz a diferença é a sua consciência sobre a criação que dá ao seu filho e os exemplos que dará através da convivência. A educação reflete os valores da família e isso independe de criar um, dois ou dez filhos!

*Para saber mais sobre o trabalho de Antoniele Fagundes acesse o site www.babaideal.com.br.


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