O estereótipo da mãe ideal sofreu mudanças ao longo dos tempos, passando pelas mais diversas e radicais transformações. A cada período da evolução do homem, a visão da mãe modelo foi adaptada não somente às necessidades, mas à cultura social vigente. Mesmo assim, para a psicóloga Solange Ramounoulou, diretora da Clínica VIR, é possível traçar um perfil muito fiel da mãe moderna, retratando seus conflitos com as expectativas da sociedade e, suas angústias em relação ao futuro de seus filhos.
Segundo Solange, as mães que vivem a realidade do mundo contemporâneo se sentem como que 'esmagadas' por um rolo compressor, já que de um lado é cobrada por sua contribuição financeira na casa e de outro é acusada de abandonar a família em busca de uma carreira. Esta situação fica ainda pior quando se acrescenta a cobrança por padrões estéticos, sociais e sexuais. "Diante de tanta pressão as mães acabam ficando sem parâmetros de identidade, e desejando ser uma mistura de Barbie, com Madre Thereza de Calcutá e Barbara Corcoran, uma verdadeira façanha, impossível de se realizar", considera.
Diante desse e de outros dilemas, a mãe contemporânea passa a sobreviver na culpa e, em nome desta culpa comete os mais absurdos erros em relação à educação dos filhos. Solange explica que alcançar um equilíbrio dentro desta equação é um processo que exige tempo, aprendizado e aconselhamento, mas dá orientações que podem ajudar muitas mulheres a conviver melhor com esses sentimentos:
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Perfeição é utopia. Cada ser humano tem sua própria versão de perfeição e nenhuma delas é realista;
Seus filhos esperam que você seja mãe enquanto estiver com eles, não importando se serão por três horas ou um dia inteiro, e que os eventuais substitutos (avós, babas, etc.) tenham a mesma linha de conduta. Afinal, qualidade e quantidade não significam a mesma coisa;
Use a verdade sempre, seja para negar ou atender a alguma solicitação de seus pequenos. Explique claramente os porquês e eles vão entender (ainda que isso demore um pouquinho);
Existe uma linguagem adequada para cada idade, então use palavras do universo de seu filho;
Ao lidar com os educadores da escola não fique na defensiva, pois eles não a estão acusando de abandono; eles conhecem o seu ritmo de vida, pois também trabalham e têm família;
Não existe um manual para mães: educar é um eterno e profundo aprendizado com direito a erros e acertos, em sua busca por aperfeiçoamento;
E por último: se não estiver se sentindo realizada e feliz não vai conseguir ajudar, ensinar, nem transmitir nada positivo aos seus filhos ou às pessoas que você ama. Mas lembre-se que a felicidade é um estado de espírito!