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Fique atenta!

Mau humor e irritabilidade podem ser sintomas de distimia

Redação Bonde
28 jul 2014 às 08:50

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Ser ranzinza, irritado, resmungão e desmotivado, podem ser apenas traços de uma personalidade excêntrica, mas em muitos casos, essas características também podem ser sintomas de uma doença chamada distimia. O fato é que a maioria dos distímicos, seus amigos e familiares, não reconhecem a doença por confundirem os sinais da enfermidade com um simples mau humor, o que dificulta muito a aceitação e, principalmente, a iniciativa de buscar ajuda.

A distimia é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor é constante. Os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa autoestima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, esse comportamento é atribuídos a uma personalidade e temperamento complicados.

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Sintomas

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Os principais sintomas da doença são a irritabilidade e o mau humor, mas existem outros, como desânimo e tristeza, alterações do apetite e do sono, Falta de energia para agir, Isolamento social e tendência ao uso de drogas lícitas, ilicítas e de tranquilizantes.

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Diagnóstico


O diagnóstico é basicamente clínico. O dado mais importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos.

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É comum que os portadores de distimia desenvolvam concomitantemente episódios de depressão grave. Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda.


Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que cerca de 15% a 20% dos pacientes tentam o suicídio.

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Idade


A distimia pode aparecer na infância ou numa fase mais tardia da vida. O mais comum, porém, é que surja na adolescência. Há evidências de que muitos idosos com o problema já tinham manifestado sinais do transtorno na adolescência.

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Na infância, acomete igualmente meninos e meninas. Depois, é mais prevalente nas mulheres do que nos homens.


Tratamento

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A melhor forma de tratar a doença é a associação de antidepressivos com psicoterapia. Isoladamente, um e outro não apresentam resultados satisfatórios. Isso ocorre porque,embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas possibilidades de reagir e estabelecer relações interpessoais. Já a psicoterapia sem apoio dos medicamentos também é improdutiva, porque cobra uma mudança de comportamento que a pessoa é incapaz de atingir por causa de sua limitação orgânica.


Recomendações

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Se você conhece alguém sempre de mau humor, irritado, pessimista, considere a possibilidade de que seja portador distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento, e tente convencê-lo a procurar assistência médica;


Fique atento: a distimia, assim como a depressão clássica, pode atingir crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento antisocial e do temperamento agressivo que não conseguem controlar;


Se, nos últimos dois anos pelo menos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal, procure um médico;


Não subestime os sintomas da distimia. Para aliviar os sintomas, é comum o paciente recorrer ao uso de drogas e de tranquilizantes;


Não se engane: não atribua ao envelhecimento a teimosia, a obstinação e as grosserias, o mau humor e as queixas do idoso que só reclama e não quer sair de casa. A distimia pode acometer pessoas na terceira idade;

Mantenha a adesão ao tratamento com medicamentos e à psicoterapia. Os remédios ajudam a corrigir o problema físico e a psicoterapia, a aprender novas formas de relacionamento. (Fontes: Hospital e Maternidade São Cristóvão e site do Dr. Drauzio Varella)


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