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O que fazer quando as crianças não comem direito?

Redação Bonde*
14 fev 2011 às 10:19

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- Reprodução
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Um assunto que muito preocupa os pais é a alimentação das crianças, já que uns comem pouco, outros são muito seletivos e há aqueles que gostam apenas de comer "bobagens". Mas, para que a criança cresça saudável, é indispensável ter uma boa alimentação, com todos os nutrientes necessários para seu crescimento e desenvolvimento.

Em primeiro lugar é importante lembrar que insistir ou forçar a criança a comer não é correto e pode comprometer seriamente sua saúde. Embora a preocupação seja compreensível, uma boa alimentação resultará em uma criança saudável e não é por pular uma ou outra refeição que os filhos ficarão desnutridos ou terão seu desenvolvimento comprometido. Os pais devem ter em mente que quando a fome apertar, a criança vai comer, mas nada de alarmes, pois existem caminhos bem mais suaves para persuadi-la a se alimentar.

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Inicialmente verifique se a criança tem algum problema de saúde como uma infecção na garganta, início da dentição, entre outros que resultam no desinteresse pelos alimentos.

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Na ausência de problemas do gênero são recomendados alguns procedimentos:

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Ofereça porções de comida adequadas, levando em conta a capacidade do estômago da criança;


Varie os alimentos e incremente o prato com algum item de cor diferente daquele oferecido anteriormente. Isso desperta a curiosidade;

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Evite que a criança fique "beliscando" entre uma refeição e outra;


Mantenha verduras e legumes em todas as refeições e, mesmo que a criança não aceite, não a obrigue a comer para que ela não fique com raiva do ingrediente;

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Não ofereça sopas batidas no liquidificador só para a criança ingerir verduras e legumes. Essa tática dificulta o estímulo do paladar e não permite que a criança reconheça os diferentes sabores;


O ambiente onde as refeições são realizadas deve ser tranqüilo: desligue a TV, abaixe o volume do rádio e evite discussões.

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As crianças acima de um ano, não necessitam de tanto leite como as mães imaginam. Com o tempo, deve-se diminuir o número de mamadeiras para, no máximo, duas: uma pela manhã e outra a noite. Não dê mamadeiras depois das refeições e use o leite de outras formas: mingau, vitaminas e sucos de frutas são boas pedidas.


Muitas mães preparam a refeição dos filhos separadamente usando poucos temperos e, por isso, a comida fica às vezes sem gosto. Portanto, experimente os alimentos antes de oferecê-los aos menores. Jamais ofereça sucos e refrigerantes durante a refeição, pois a capacidade gástrica da criança ainda é limitada e se ela tomar um desses líquidos pode não ter espaço para a comida.

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Deve existir uma regularidade nos horários das refeições e caso a criança não queira comer numa determinada refeição, não se deve dar guloseimas. Se isso acontecer, adiante um pouco o horário da refeição seguinte e a criança, provavelmente, estará com mais fome.


Estimular a criança a comer sozinha também é uma boa dica, embora muitas mães não gostem desta idéia devido a sujeira que os pequenos fazem. No entanto, quanto mais eles treinam, mais rápido aprenderão a comer sozinhos. Para a criança é um prazer poder segurar a colher e levar o alimento à boca.

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Nunca prometa recompensas para a criança comer. É importante que ela cresça na compreensão de que alimentar-se bem é importante para a saúde, o que já é uma recompensa. O ideal é que a mãe ou a pessoa que está dando a comida estabeleça um relacionamento agradável sem chantagens. Uma boa opção é conversar com a criança sobre fatos da vida dela.


Seja exemplo! Não adianta pedir para seu filho comer cenoura se você está comendo um sanduíche. Ele naturalmente irá querer o lanche, pois se você despreza a cenoura é porque o outro alimento deve ser mais gostoso.


Por fim, seja firme com a criança sem ser rígido, afinal o momento de se alimentar deve ser prazeroso e não angustiante. E cuidado: existem pais que ficam tão preocupados, que acabam oferecendo suplementos nutricionais sem orientação e podem contribuir para a formação de um adulto obeso, pois a energia extra que a criança recebe - sem precisar - passa a se acumular em seu tecido gorduroso.


O que poucos sabem é que o número de células gordurosas de uma pessoa é definido na infância e existindo um número muito grande de células adiposas no organismo adulto será mais difícil para a pessoa controlar seu peso, ao contrário daquela que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número normal de células gordurosas.

*Com informações de Bruna Camargo, nutricionista.


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