Os pais do pequeno Charlie Gard, 11 meses, Chris Gard e Connie Yates retiraram a ação na Alta Corte do Reino Unido para tentar salvar a vida do menino que sofre de uma doença rara, encerrando assim a batalha legal.
"Não há mais tempo. O pior pesadelo dos pais tornou-se realidade e é muito tarde para curar Charlie", informou o advogado da família, Grant Armstrong.
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Os pais de Charlie tentavam uma autorização judicial para transferi-lo para os Estados Unidos, onde uma nova droga para curar a miopatia mitocondrial, uma doença incurável que provoca a perda progressiva da força muscular.
"Nós só queríamos dar a ele uma chance de viver", disse Yates à mídia britânica hoje.
No último mês, a Alta Corte e a Corte Europeia de Direitos Humanos autorizaram que os médicos desligassem os aparelhos do bebê por não haver um tratamento e por ele estar "sofrendo". Assim que o anúncio foi feito, o papa Francisco - através do hospital católico Bambino Gesù, e até o presidente dos EUA, Donald Trump, fizeram apelos para o respeito à vida do menino.
O hospital italiano inclusive enviou uma carta ao Great Ormond Street, assinada por sete especialistas, para informar sobre uma terapia alternativa que estava sendo feita em uma universidade norte-americana. O Vaticano ainda considerou dar cidadania a Charlie, para evitar a ordem judicial, mas foi informado que "precisaria quebrar a espinha" do menino da mesma maneira que o hospital britânico.
Já o Congresso dos EUA aprovou a cidadania para Charlie e sua família, na tentativa de facilitar o processo para ele ser transferido para o país. No entanto, a defesa informou que, após as análises de um médico norte-americano, já era "tarde demais" para o bebê.
O juiz da Alta Corte britânica tinha destinado mais duas audiências sobre o caso, uma para ontem (24) e outra para hoje (25), mas os pais do menino decidiram retirar a ação