Visitar uma rede social já é a segunda atividade infanto-juvenil mais comum na rede, depois de fazer trabalho escolar, afirma uma pesquisa realizada pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). Assistir a vídeos no Youtube, jogar e postar fotos na internet aparecem, em terceiro, quarto e quinto lugar, respectivamente. Nas férias, com mais tempo livre e longe da vigilância dos pais, a tendência é que os pequenos aumentem ainda mais o tempo de uso da internet.
Dentro das regras para o uso das redes sociais, a idade mínima para se criar perfis no serviço, é de treze anos. O mesmo funciona com o aplicativo whatsapp mas, segundo o site WABetaInfo, especializado na cobertura do aplicativo, a empresa deve alterar os termos de uso do serviço para determinar que os usuários tenham, ao menos, 16 anos para utilizá-lo.
Mas, os pequenos acabam dando aquele jeitinho. Muitas crianças burlam as regras nas redes e fornecem a idade mínima para criar contas e perfis. A maioria dos pais também desconhecem os limites de idade e acabam permitindo que seus filhos acessem algumas redes sociais e aplicativos de mensagens. Atualmente, mais de 40% das crianças brasileiras estão nas redes sociais.
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Os especialistas alertam que a curiosidade das crianças é natural, saudável e deve ser estimulada mas os pais devem acompanhar as ações dos filhos e suas descobertas no ambiente digital. A estratégia é não tratar a internet e os aplicativos como vilões. É preciso tratar as redes sociais como qualquer área ou atividade de risco existente, assim como no mundo físico.
Mãe de Gabriel de dois anos e sete meses, Kelly Borges permite que o filho use o seu celular para assistir ao Youtube e enxerga o eletrônico como um aliado. "Como ele é bem pequeno, o celular acaba deixando ele mais calmo, mas eu sempre procuro inserir ele em outras atividades. Quando ele estiver com uns doze anos, vou deixar que ele tenha alguns aplicativos, mas vou procurar sempre monitorar o que ele vai estar fazendo", explica.
Quando o assunto é rede social e criança, muitos acreditam que a proibição é o melhor caminho. Mas a verdade é que estar conectado não traz apenas riscos. Em sala de aula, os aplicativos e eletrônicos são usados como uma forma rápida e prática de interagir e aprender. Segundo a psicóloga Niliane Brito, não existe idade correta para deixar que a criança utilize o celular. "É preciso que os pais avaliem o nível de maturidade do seu filho antes de permitir que ele use o aparelho. Se a criança costuma infringir as regras da casa, provavelmente, ela irá burlar as regras na rede também. É preciso diálogo e impor limites", orienta a psicóloga.