É inevitável: filhos não vêm com manual de instruções, e por isso, não adianta se martirizar quando você erra com os pequenos. Toda mãe passa por erros e acertos. Ainda mais depois de um dia estressante no trabalho, somado a dupla jornada da casa, manter a calma em todos os momentos é mesmo uma tarefa difícil. Perder o controle de uma determinada situação e se arrepender depois é mais comum do que se imagina. Quando a paciência acaba, gritos e punições físicas são os primeiros recursos usados pela maioria das mães na tentativa de corrigir os filhos. Mas, se estas ações forem seguidas por arrependimento, não hesite: pedir desculpa não é sinal de fraqueza, e muito menos fará com que você perca sua autidade de mãe. Veja como fazer isso conforme a idade do seu filho e não fique se culpando por suas atitudes! Por fim lembres-se que, independente da idade e da situação, é importante que você deixe bem claro o quanto ama seu filho.
Com os menores
Até aproximadamente 3 anos de idade, a criança não entende bem o sentido das palavras. Então, não adianta se explicar longamente para ela. A terapeuta familiar Simone Bambini Negozio, do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo (ITFSP), diz que xingamentos e gritos, e não apenas a agressão física, são formas de violência também percebidas pelos pequenos. Primeiramente, acalme-se, respire e tenha certeza de que recuperou o controle. Depois, aproxime-se do seu filho e olhe-o com afeto, restabelecendo o vínculo forte que vocês têm. Abrace a criança para que ela sinta o seu calor e o seu carinho. Deixe claro que tudo voltou ao normal e que a mamãe que ele tanto ama continua ali para protegê-lo.
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Com os maiorzinhos
A criança já entende o que é dito e o adulto deve pedir desculpas com palavras. De acordo com a terapeuta Simone, é preciso explicar que você exagerou, mas que o que ela fez também não estava certo. Por exemplo, se seu filho se recusou a fazer a lição de casa e você o chamou de vagabundo, diga que foi errado usar essa palavra e que você sabe que ele não é isso. Assuma que estava nervosa e complete com: "Fico preocupada porque quero que você tire notas boas e seja feliz". Fique atenta para não agir da mesma forma exagerada se a criança voltar a cometer o erro. "Filhos testam limites. Pedir desculpas o tempo todo perde o sentido", adverte Simone.
Com os adolescentes
Não há dúvida que lidar com adolescente pode ser um desafio enorme. O filho contesta tudo o que a mãe diz e bate o pé até acabar com a paciência. Nessas horas, não é raro falar coisas que não deveria. Não se culpe se exagerou na dose. Chame seu filho para uma conversa, peça desculpas e abra o coração. "Explique que, como mãe, precisa protegê-lo dos riscos, mas escute o lado dele, pois o adolescente fecha os ouvidos quando não pode falar também", afirma Simone. Lembre-se de que o jovem já pode ter conversas mais profundas com os pais. É um direito dele falar sobre seus motivos de igual para igual. Esteja aberta para refletir junto e até mudar de opinião. Por que não?
Sem o jogo da coitadinha
Depois de uma briga, você fica desgastada. Mas não se faça de vítima! Nada de dizer frases do tipo: "Você não tem dó de mim, vou acabar morrendo de dor de estômago por causa da sua teimosia!". Chantagem emocional só atrapalha. "A mãe não morre e o filho acha que pode aprontar de novo", explica Simone. (Fonte: MdeMulher / Ana Maria)