Comportamento natural e instintivo da criança, o hábito de chupar o dedo se inicia ainda no útero materno, quando o bebê busca automaticamente fortalecer a musculatura responsável pelos movimentos da sucção. O ato proporciona conforto e acalma os pequenos, que o relacionam a um estado de segurança.
O pediatra Werther Brunow, coordenador de Pediatria do Hospital Santa Catarina, esclarece que, embora este hábito seja natural, é preciso ficar alerta para o tempo de duração. "Caso o bebê continue chupando o dedo após completar um ano de idade, os riscos que a ação pode trazer a médio e longo prazo são grandes. Alterar a fala, atrasar o desenvolvimento da mastigação e, principalmente, a posição dos lábios, além de interferir na respiração da criança são alguns dos problemas que podem ser ocasionados", alerta o especialista.
O médico explica que em alguns casos é necessária a atuação de outros profissionais da área para tratar os problemas que surgem com o hábito. "Psicólogo, para o lado emocional, ortodontista, para questões relacionadas ao posicionamento das arcadas dentárias, são algumas especialidades que precisam estar alinhadas durante todo o tratamento das crianças", diz ele.
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Brunow elenca cinco ações que podem auxiliar os pais a atenuar os problemas e evitar que o hábito, corriqueiro e prejudicial, persista por muito tempo na vida dos pequenos:
Para crianças de até quatro anos de idade:
Após se desfazerem do hábito, alguns pequenos quando entram na escola ou no decorrer do crescimento, voltam a apresentar sinais do ‘vício de chupar o dedo’. Por isso, recomenda-se:
Substituir o dedo por outro objeto: desde que não seja prejudicial à saúde. Lembrando que NUNCA se deve utilizar nesta etapa alimentos que tragam ardência ao paladar infantil;
Utilizar a imaginação a favor da criança: desenhar personagens favoritos em seus dedos, ou, então, utilizar adesivos específicos para a pele com super-heróis para envolver a ponta dos dedos pode ser um importante aliado. Isso fará a criança refletir sempre antes de levar a mão à boca. No entanto, vale ressaltar a importância de SEMPRE acompanhar o pequeno para que não introduza o ‘papel’ na boca.
Paciência e busca de distração: quando a criança é muito nova, abaixo dos dois anos de idade, é preciso ter ainda mais paciência para acabar com este mau hábito. Ofereça mordedores a fim de entreter o pequeno e busque distraí-la sempre que levar os dedos à boca. Busque SEMPRE não reprimir ou constranger a criança.
Para crianças acima dos quatro anos de idade:
Elogie: sim, o simples ato de elogiar a postura da criança quando faz algo correto auxilia muito na ‘correção de rumo’. Esta ação pode incentivá-la a abandonar de vez o mau hábito.
Conversas e informações precisas: a criança acima dos quatro anos já possui, de certa forma, mais ciência sobre seus hábitos e ‘vícios’. Explicar as consequências do que esta ação traz para sua vida, de uma forma lúdica e prazerosa (ao contrário do famoso sermão ou bronca), pode auxiliá-lo a corrigir o que esta simples açãopode trazer de ruim a sua própria vida.