Pais que têm um relacionamento mais aberto com seus filhos têm mais facilidade para perceber problemas e mudanças de comportamento. Por isso, é muito importante ficar o mais próximo possível dos filhos, sem controlá-los excessivamente, mas demonstrando amor, preocupação e rigor em relação às regras estabelecidas em casa.
Não adianta forçar o jovem a falar ou inspecionar o quarto dele, pois esta atitude não é ética, e ética é tudo que um adolescente precisa quando está em crise. Antes de 'xeretar' na vida do filho ou acusá-lo sem provas, o correto é aproximar-se com jeito e mostrar que a reação a seus problemas não será catastrófica nem agressiva, e sim, compreensiva e acolhedora - mas com a firmeza necessária em um momento como esse.
Segundo a médica hebeatra Mônica Mulatinho, quando descobrem que o filho está usando drogas os pais devem construir um cerco firme ao jovem, onde amor e limites coexistam em abundância. "Os pais precisam saber que ao 'aprontar', o filho está pedindo colo, está dizendo 'cuide de mim porque sozinho não estou dando conta. Preciso de você mais perto. Tape com seu cuidado esse buraco que me consome'", orienta.
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Especialistas da Clínica Novo Mundo - Centro de Tratamento Especializado em Dependência Química e Alcoolismo, localizado no interior de São Paulo, alertam para alguns comportamentos que podem indicar que um jovem está usando drogas ou abusando do álcool.
1 - Isolamento;
2 - Aumento ou redução drástica do apetite;
3 - Novas amizades;
4 - Mudança brusca de comportamento;
5 - Falta de motivação para atividades comuns;
6 - Queda do rendimento escolar ou abandono dos estudos;
7 - Inquietação ou irritabilidade, insônia / ou, ao contrário, depressão e sonolência;
8 - Indícios físicos: olhos avermelhados / olheiras; boca seca; fala pastosa;
9 - Alterações súbitas de humor (uma intensa euforia, alternada com choro ou depressão);
10 - Troca do dia pela noite;
11 - Descuido com a higiene pessoal;
12 - Uso constante de óculos escuros (dentro de casa, no período da noite);
13 - Gasto incomum de dinheiro e desaparecimento de objetos de valor;
14 - Uso de camisetas de manga comprida, mesmo em dias quentes;
15 - Alucinações, fala sem nexo, crises de pânico, perda de sentidos ou desmaios podem, em alguns casos, ser sintomas mais severos do consumo de alguma substância e merecem especial atenção.
Como ajudar
Procure auxílio e orientação de especialistas assim que detectado qualquer dos sinais descritos acima ou comportamento suspeito: as pessoas diretamente envolvidas na vida do dependente não podem "tratar" da doença, pois à medida que o abuso de drogas progride, aqueles mais próximos do dependente ficam emocionalmente envolvidos.
Não ceda a manipulações emocionais do tipo ‘'Eu já estou bom'' ou ‘'Nunca mais usarei''. É preciso ter em mente que há muito tempo o dependente vem sendo enganado pela droga e vem enganando a todos.
Não sinta culpa: a pessoa mais próxima ou que se sente mais responsável pelo dependente químico pode se achar culpado pelo que está acontecendo. Mas como a dependência química é uma doença, não existem responsáveis.
Procure a raiz do problema: todo dependente químico possui uma família disfuncional. É preciso remover o preconceito e aceitar que algo está errado no núcleo familiar.
Seja firme: se o dependente continua agindo da forma como ele quer, é porque a família ajuda a manter a ilusão da onipotência.
Procure ajuda também para a família.
Serviço:
Instituto Novo Mundo - Centro de Tratamento Especializado em Dependência Química e Alcoolismo (www.clinicanovomundo.com.br)