Do segundo ano de vida em diante a criança diminui naturalmente o seu apetite. Os médicos chamam isso de fisiológico, ou seja, dentro da normalidade. Para que se possa entender melhor esse período que se inicia após o primeiro ano de vida.
Os primeiros 12 meses de vida se caracterizam por ser um período muito dinâmico – a criança ganha cerca de 6 a 7 kg, triplicando o seu peso e cresce aproximadamente 25 cm. Em nenhum momento de nossas vidas crescemos com uma velocidade igual a dos primeiros 12 meses.
Entretanto, isso muda a partir do primeiro aniversário. No segundo ano de vida a criança ganha 2 a 3 Kg e cresce em torno de 12 cm. Do terceiro ano em diante, na infância, os valores são ainda menores, crescendo 5 a 6 cm por ano.
Leia mais:
Viih Tube revela se pretende ter mais filhos e expõe planos com Eliezer
Aline Wirley e Igor Rickli apresentam filhos adotivos ao público
PRE reforça a obrigatoriedade de cadeirinha e assento elevado para crianças
Confira 5 dicas para evitar acidentes domésticos com crianças nas férias
Ora, isso gera uma impressão para as mães que algo está errado. Aqui entra a importância de uma boa orientação. Deve ficar claro aos pais que isso é normal. Monitorar a curva de crescimento de peso e estatura, mostrando que o seu filho está crescendo e engordando normalmente é muito importante para tranquilizar a família.
O que os pais não devem fazer?
Em hipótese alguma os pais devem tentar fazer barganhas com a criança durante as refeições, oferecendo "recompensas" quando ela comer. Outra prática frequente que deve ser evitada é a tentativa de distrair a criança para comer: evite alimentar a criança com programas de televisão, tablets ou fazendo "brincadeiras".
Evite usar os medicamentos "estimulantes de apetite" – esses medicamentos não agem de maneira fisiológica e tem uma série de efeitos colaterais que trazem muito mais danos que benefícios.
Não subestime seu filho. Quando a criança percebe que você fica angustiada com o fato de ele não comer, ele usará isso para chamar a sua atenção. Não force a criança a comer. Respeite a recusa e o paladar do seu filho.
O Dr. Marco Aurélio Safadi, professor de pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de são Paulo, informou que seu principal conselho é: "Que os pais encarem com naturalidade essa fase da vida. Nada de angústia, ansiedade ou irritação com os filhos na hora da refeição."
Ele também destaca que é importante fazer as refeições da criança nos mesmos horários da família, e evitar que a refeição dure muito tempo (em geral não deve durar mais que 30 ou 40 minutos).
Não exagerar no tamanho do prato. Usar porções compatíveis com o tamanho do seu filho. É preciso muito cuidado com o excesso de leite. Para compensar a "falta de apetite" muitas mães substituem a refeição por mamadeiras com leite. Isso acaba impedindo que a criança se alimente adequadamente.
E sempre vale a ideia de caprichar na apresentação dos pratos. Combinar cores e texturas pode despertar o interesse da criança pela comida. Variar também é importante.