No imaginário romântico, as histórias poderiam ser resumidas em a paixão à primeira vista, a descoberta da pessoa idealizada e uma vida repleta de muito carinho, companheirismo e amor. Mas você já parou para pensar ou conheceu alguém que não consegue viver um romance que parecia ter tudo para dar certo? Alguém que vive sabotando a relação?
Algumas pessoas não conseguem, por mais que tentem, ter êxito na relação a dois. São os filofóbicos, aqueles que sofrem de um temor injustificado e irracional de se apaixonar por alguém. O medo é tão intenso que chega a causar desconforto físico, com sintomas como nervosismo, náusea, falta de ar, mãos trêmulas e até ataques de pânico.
De acordo com psicólogos e especialistas, a filofobia, uma junção dos termos "amar” e "fobia”, pode ser desencadeada a partir de um grande trauma emocional e quem sofre deste mal passa a evitar qualquer tipo de envolvimento afetivo para não sofrer novamente.
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O transtorno, em casos mais graves, pode levar à solidão e à depressão. Marina, publicitária de 32 anos, conhece bem esse sentimento incapacitante. O seu primeiro amor na adolescência foi frustrado, causou muitos desapontamentos e deixou marcas profundas. Ela passou meses sem querer se relacionar com outras pessoas e, quando recomeçou, sempre valorizava os defeitos dos parceiros e os relacionamentos terminavam em pouco tempo. Incapaz de aprofundar os sentimentos, ela atribuía à falta de qualidade dos namorados o fracasso das relações.
Ao perceber que havia algo de errado e reincidente na postura e comportamento, Marina procurou ajuda especializada. Com a terapia, ela se sente mais preparada e segura para buscar um novo amor. Entretanto, ainda existem algumas precauções.
Marina prova que é possível superar o medo e, de certa forma, aprender a conviver com ele. Relacionamentos, tradicionais ou mais modernos, que se propõem a fundamentar os seus princípios na clareza dos objetivos e sinceridade, são uma alternativa para quem tem medo de arriscar e voltar a cometer os erros do passado. O amor não deve ser um problema, mas sim um sentimento que traga alegria, prazer e contentamento.
É importante superar os seus próprios medos e experimentar a felicidade de amar e ser amado. Se não se sentir capacitado a fazer isso sozinho, procure um terapeuta. A filofobia tem cura!