Nas redes sociais, tem circulado a história da pessoa que descobriu uma traição e deletou o arquivo de trabalho de conclusão de curso do ex-companheiro. O episódio, que viralizou como meme, revela mais que uma vingança pessoal. Sob a luz da tecnologia da informação, esse caso, real ou não, chama a atenção para a importância da cópia de segurança, ou, o mais conhecido “backup”. O procedimento é tão essencial que ganhou até um dia: 31 de março é o Dia Mundial da Cópia de Segurança de Dados.
Dados divulgados pela iniciativa World Backup Day reforçam a necessidade de se manter cópias seguras dos arquivos: 113 celulares são perdidos ou roubados por minuto, ou ainda, um em cada 10 computadores são infectados por vírus ou malwares todo mês. “O risco vai muito além da perda de arquivos de trabalho e acadêmicos, mas também é arriscado ter a perda de memórias afetivas, como fotos e vídeos”, explica a professora do curso de Engenharia da Computação da Unopar, Cynara Leão Garcia.
A iniciativa revela ainda que pelo menos 30% dos usuários desses dispositivos nunca fizeram backup nenhuma vez sequer. “Sempre é hora de iniciar o procedimento e colocar isso como rotina”, diz o especialista. Segundo ela, o ideal é salvar cópias dos arquivos em HD externo, pen drive, SSD ou nuvem, como são chamados os drives virtuais -- alguns com versão gratuita, porém com espaço reduzido, e também tem as versões pagas, que não costumam ter valor elevado e possuem espaço ideal conforme o volume de dados.
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“É fundamental sempre salvar mais de uma cópia do mesmo arquivo, em locais diferentes”, aconselha a docente. “Principalmente os documentos importantes que devem ser digitalizados e armazenados na nuvem. Isso é garantir a segurança do arquivo, que fica muito mais acessível à consulta, podendo ser localizado pelo próprio celular de qualquer lugar do mundo”, revela.
Além dos problemas diretamente ligados à manutenção dos equipamentos e de softwares, outra questão muito importante é referente à proteção do acesso aos dados, por meio de senhas, principalmente. “Hoje temos a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) que em um dos pontos tem uma orientação sobre como criar senhas fortes e outras dicas para evitar o acesso indevido de terceiros”, afirma a docente. Segundo ela, estabelecer certa dificuldade para proteger arquivos e informações pessoais pode ajudar a evitar o episódio do trabalho acadêmico e outros documentos importantes, e que carecem de sigilo, serem corrompidos, ou excluídos indevidamente.
O tema é tão importante, principalmente no ambiente empresarial, que há cursos de graduação específicos no desenvolvimento de conhecimento e habilidades na proteção de sistemas e informação. O curso Computação em Nuvem, da Academia Tech da Unopar, foi desenvolvido para preparar profissionais capazes de avaliar, projetar, implantar, integrar, gerenciar e garantir a segurança das plataformas em nuvem.
Confira mais dicas fornecidas pelo docente para proteger seus arquivos e informações:
- Para senhas fortes, utilize letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres, geralmente, com mais de sete itens.
- Faça duas cópias ou mais de seus arquivos, salve na nuvem ou HD externo;
- Mantenha seus equipamentos com a manutenção em dia, livre de vírus e malwares;
- Evite clicar em links suspeitos recebidos por e-mail e aplicativos de mensagens.