Uma pesquisa conduzida pelo geólogo Victor Velázquez Fernandez, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (Universidade de São Paulo) indicou que a “cratera de Colônia”, localizada no distrito de Parelheiros, zona sul de São Paulo, foi gerada pela queda de um objeto extraterrestre.
A cratera tem 3,6 quilômetros de diâmetro, cerca de 300 metros de profundidade e borda soerguida de 120 metros. Seu interior é cheio de sedimentos e a borda coberta por vegetação.
A estrutura foi descoberta no início da década de 1960, quando fotos aéreas e, posteriormente, imagens de satélites registraram sua forma circular quase perfeita.
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O impacto com o corpo extraterrestre foi confirmado em um estudo de Fernandez em 2013, quando foi feita uma análise microscópica de sedimentos colhidos em diferentes níveis de profundidade. Dessa vez, a pesquisa trouxe mais detalhes que confirmam a teoria.
Um dos pontos destacados é que as esférulas (pequenas esferas), que tem entre 0,1 e 0,5 milímetros, foram encontradas dentro da cratera. Se a colisão fosse gerada por um objeto que caiu do céu, esses detritos, provavelmente, teriam sido jogados para fora.
Para Fernandez e os demais pesquisadores que colaboraram com o estudo, a explicação para o fenômeno é que a energia do impacto transformou as rochas em uma nuvem densa e superaquecida. Esse material foi lançado no ar, congelou e caiu novamente na cratera.
O artigo intitulado Morphological aspects, textural features and chemical composition of spherules from the Colônia impact crater foi publicado em março deste ano, na revista Solid Earth Sciences.
Além de Fernandez, os pesquisadores Celso B. Gomes, Marcos Mansueto, Leonardo A.S. de Moraes, José Maria A. Sobrinho, Rodrigo F. Lucena, Alethéa E. M. Sallun e William Sallun Filho também assinam o trabalho.