A chapa 1, "Resistência Marielle Franco", foi eleita para nova direção do Diretório Central dos Estudantes (DCE) com 2.295 votos válidos. A eleição para escolha da nova gestão foi realizada nos dias 6 e 7 de novembro em Centros de Estudos da Universidade, Restaurante Universitário (RU) e Clínica Odontológica Universitária (COU).
No total, 3.817 alunos votaram. Além da chapa 1, outras duas chapas concorreram ao pleito - chapa 2 "UEL Livre" e chapa 3 "Integra UEL". De acordo com a Comissão Eleitoral, a chapa 2 obteve 810 votos e a chapa 3 contabilizou 708 votos. Foram registrados 21 votos nulos e 10 votos brancos.
De acordo com a Comissão Eleitoral o Conselho Deliberativo, a posse da chapa eleita será no dia 13 de novembro, às 17h45, na sede do DCE, localizada no Campus Universitário.
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A chapa vencedora é composta por sete integrantes - presidente, vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 1º tesoureiro, 2º tesoureiro e orador. A presidente é Cristiana Nunes Maia, aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo, e o vice-presidente, Murilo Marques Fernandes, do curso de Ciências Econômicas.
A chapa 2, segunda colocada na eleição do DCE, acredita que a campanha abriu oportunidades de comparar pontos de vista diferentes dentro da UEL. "Ainda que a campanha tenha sido bastante curta, acreditamos ter atingido muitos alunos que possuem ideais semelhantes, possibilitando a criação de uma rede de contatos que será indispensável para o futuro da direita no campus. Ainda que tenhamos nos dedicado imensamente à campanha, não podemos dizer que nos surpreendeu. O momento político no Brasil acentuou a união entre os alunos com posicionamento ideológico a esquerda, como nos demonstra o número de votos totais bem acima da eleição do ano anterior. A vitória presidencial da direita foi um dos fatores-chave para tal mobilização da esquerda, no intento de garantir o controle sob o DCE e o aparelhamento da instituição. Estaremos também representando os interesses da parcela liberal de alunos da UEL, independente do posicionamento do DCE.", explicou uma das representantes da Chapa.
Já a Chapa 3, declarou que querem agora criar uma espécie de núcleo para conversar e buscar alternativas para melhorar a vida do estudante. "Não somos a chapa eleita, mas continuamos sendo alunos da UEL e com certeza nosso amor por essa instituição só aumentou após estas eleições, então buscaremos criar um núcleo, no qual nos reuniremos para tratar de assuntos estudantis de fato. Desde os problemas primordiais, como a falta de papel higiênico, até o que nós como universitários podemos fazer para a comunidade de Londrina, retornando a eles todo investimento em nossa formação. A figura do estudante da UEL tem se perdido ao longo dos anos, perante a sociedade civil, queremos retomar o carinho e o respeito. E só conseguiremos isso através do diálogo, respeito e união. Demos o primeiro passo, agora é um caminho sem volta, somos uma realidade, uma força política dentro da instituição. É hora de mudar, não podemos mais aceitar que se faça DCE como antigamente, vamos fazer uma política estudantil diferente, nova, plural e para todos estudantes da UEL."
Conforme representantes da chapa "Resistência Marielle Franco", a campanha foi realizada de maneira independente, sem financiamento externo. "Realizamos a campanha em duas frentes, pelas redes sociais e presencialmente. Pessoalmente realizávamos panfletagem e conversávamos com os estudantes, sempre que possível passando nas salas. Nas redes sociais, nossa principal plataforma era o Facebook, no qual divulgávamos nossas propostas e bandeiras de luta. Alguns membros acompanharam a apuração, logo que o resultado saiu já sabíamos da eleição. A maior surpresa foi a proporção dos votos."
A chapa eleita pretende agora dar seguimento às propostas de ação e retomar as reuniões semanais do DCE. Confira nos principais compromissos assumidos pela chapa 1 na página oficial no Facebook.
(Com informações da Agência UEL)
(*Sob supervisão da repórter Fernanda Circhia)