Saem as pessoas, entram os animais silvestres, as aves e o silêncio. Os corredores do campus da UEL (Universidade Estadual de Londrina) não são mais os mesmos desde 17 de março, quando as aulas presenciais foram suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. A baixa atividade humana dos últimos meses mudou a paisagem e a rotina dos que ficaram.
"Em matéria de desgaste físico, é menor. Nossa carga horária é de 12 horas, mas agora a hora demora a passar”, comenta Dijalma Cesário dos Santos, 65, agente de segurança interno do campus. São 27 anos de trabalho no local e revela sentir falta da movimentação anterior.
A trabalho, caminha silenciosamente em vigília pelos departamentos. "Dá saudade do agito; essa hora era para o estacionamento estar lotado, gente pedindo informação, eventos, pessoas perguntando, às vezes aparece um querendo saber onde fica o HV (Hospital Veterinário), a gente indica”, relata Santos.
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