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Criatividade no isolamento

Durante a pandemia, professora realiza sonho e se torna artista digital

Redação Bonde com Agência Educa Mais Brasil
30 abr 2021 às 14:46

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- Acervo pessoal
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Atualmente é muito mais fácil produzir e consumir arte. O que antes só poderia ser confeccionado utilizando telas, tinta e pincel, agora pode ser produzido em alguns clicks, usando aparatos digitais. A arte dos museus ganhou o mundo. Que tal visitar o acervo do Louvre agora, sem sair de casa? Você também pode se surpreender com o talento de anônimos navegando pela internet.


"Nunca pensei que conseguiria me dedicar só à arte, de forma profissional. Comecei fazendo cards de divulgação para páginas de dois amigos e acabei me encantando pela arte digital”, revela Sirley Souza. Formada em Letras e em Artes, Cinema e Audiovisual, Sirley divide o tempo entre a docência e a confecção das peças artísticas digitais. O sonho dela sempre foi fazer uma graduação em Artes Plásticas.

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"Quando eu disse a meu pai que ia fazer Artes Plásticas, não esqueço sua reação. ‘Você quer ser artista? Artistas no Brasil são marginalizados. Você vai trabalhar com o que? Seja professora, ao menos no Brasil professor não fica desempregado’. Entendi a preocupação dele, a sociedade tem essa ideia errada do artista, acha que eles não trabalham, apenas se divertem. Mas essas palavras me impulsionaram a ter uma formação nas duas áreas que eu amo”, conta.

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No começo, tudo não passava de um hobby. Na pandemia, as criações digitais usando técnicas de colagem se tornaram fonte de inspiração e renda. O isolamento social contribuiu para que Sirley se redescobrisse profissionalmente. A professora conseguiu unir os seus dois mundos, suas grandes paixões. Após se inscrever em um programa de oficinas com profissionais da área de arte digital, decidiu dedicar mais tempo a esse universo.


Em sala de aula, ela agrega nos conteúdos que passa para os alunos a importância das produções artísticas e culturais. "Sempre inseri as produções audiovisuais e artísticas nas minhas aulas. Gosto de despertar olhar dos alunos para a arte”, conta a professora. Na sua página no Instagram, Sirley expõe criações que levam sua assinatura, mas trazem traços marcantes de cada cliente. "Pelo prazer de trabalhar com arte, comecei a fazer colagens com elementos diversos, de forma despretensiosa. No início, fazia apenas para amigos. A partir do que conhecia deles, produzia colagens que expressavam a personalidade de cada um. Aí começaram a aparecer pedidos de quem não conhecia, passei a cobrar um valor simbólico pelos trabalhos que faço. O melhor de tudo é que hoje trabalho por prazer”, celebra.

Com o incentivo dos amigos compartilhando suas criações na maior vitrine do mundo - a web - o interesse dos internautas só tem aumentado. "No começo, fiquei com vergonha de divulgar, mas meus amigos começaram a ver, elogiar e pedir novas criações com as fotos deles. Aí, foi sendo postado, compartilhado e o trabalho foi ganhando muita proporção”.


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