Após quase dois anos de salas de aula fechadas, atividades realizadas remotamente e um prejuízo educacional ainda não mensurado, nesta semana, as escolas retomam as atividades de forma presencial. A expectativa para o retorno é grande. Pais, estudantes e toda comunidade acadêmica se mobilizam para seguir os protocolos recomendados para que haja um retorno seguro para todos.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o fechamento de escolas ainda afeta a vida de mais de 31 milhões de alunos, o que potencializa uma crise global na aprendizagem. A proporção de crianças que abandonam os estudos nos países em desenvolvimento, e que não sabem ler, pode aumentar de 53% para 70%.
Por isso, o retorno do ensino presencial é tão importante para o desenvolvimento social e intelectual das crianças e jovens que tiveram sua vida educacional afetada pela pandemia. O Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda a volta das atividades presenciais em todos os níveis, etapas ou modalidades de ensino. Porém, nas localidades com elevadas taxas de contágio da Covid-19, as redes e instituições de ensino poderão decidir pelo adiamento da volta ou pela continuidade da oferta de aprendizado remoto.
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Algumas medidas, como redução de alunos dentro das salas, disponibilização de álcool em gel, demarcação dos espaços comuns para manter o distanciamento mínimo recomendado, já estão sendo adotadas pelas escolas para seguir ofertando o ensino de forma presencial. Para os pais, fica o papel de conscientizar os estudantes e explicar que, mesmo com o retorno, a pandemia ainda não acabou e que é preciso continuar se cuidando.
O Colégio Rosa de Saron, parceiro do Educa Mais Brasil, retomou as aulas presenciais nesta segunda-feira (31). Com diversas medidas de proteção, a escola dá boas-vindas aos estudantes e aponta a importância de manter os cuidados dentro e fora das salas de aula. “Graças a Deus, retornamos para o presencial, mas os cuidados começaram antes dos alunos chegarem na escola. Foi feita a sanitização das salas, a limpeza das superfícies e afins. Orientamos os professores a levar os alunos para lavar as mãos antes e depois dos lanches e a conversar sempre sobre o vírus reforçando os cuidados. Se cada um fizer sua parte, a gente consegue um ano letivo bem satisfatório”, aposta a enfermeira da unidade escolar, Ana Carla Carneiro, 28.
Verificação da temperatura, recomendação do uso das máscaras – foi solicitado aos pais que enviem máscaras extras para as crianças – fazem parte do protocolo de segurança da escola. “Nossos professores também conversam com os alunos sobre o distanciamento a não troca de garrafa ou qualquer material pessoal. E a gente orienta também os pais a não trazerem a criança com os sinais gripais. Mesmo que esteja no presencial, a gente ainda está vivendo uma pandemia”, alerta.
Com o retorno das aulas 100% presenciais, mesmo com as medidas, um passo importante precisa ser dado para que todos estejam em um ambiente adequado e protegido: a vacinação. No colégio, que fica em São Luís do Maranhão, todo corpo acadêmico está vacinado com as duas doses do imunizante. A procura dos estudantes pela vacina vem crescendo a cada dia, o que evidencia a expectativa em manter as aulas na modalidade presencial e o senso coletivo dos alunos que querem retomar a vida, mesmo que no novo normal.
“A vacina traz uma esperança a mais para todos. Mantemos as aulas remotas para os alunos que têm alguma comorbidade ou que precisam de atendimento psicopedagógico, e que os pais não se sentem confortáveis para mandar os filhos para a escola. Já temos 99% dos estudantes frequentando as aulas presenciais”, conclui Ana Carla.