Formado em Farmácia na UEL em 2014 e com apenas 27 anos, Marco Aurélio Wust está completando o primeiro ano de Doutorado na Lebniz Universitat Hannover, Alemanha, na área de biologia estrutural, único brasileiro a compor um grupo formado por indianos, russos, italianos e alemães. De férias em Londrina, Marco Aurélio visitou o vice-reitor da UEL, Décio Sabbatini, nesta terça-feira (4). O vice-reitor foi professor do doutorando ainda na graduação. Na UEL, ele foi estudante de Iniciação Científica tendo como orientadores os professores César Augusto Tischer, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, e Anna Paola Butera, do Departamento de Química.
Na Alemanha, o londrinense trabalha com proteínas e compostos moleculares buscando entender os mecanismos destas macromoléculas. "Se pudermos compreender este processo neste nível de complexidade podemos ter muitas indicações", comenta o pesquisador. Uma das hipóteses perseguidas é alternativa para o combate a doenças como o câncer, que se caracteriza pelo desenvolvimento de células anormais que destroem tecidos.
O grupo de Marco Aurélio também estuda a relação entre proteína, DNA e RNA e sua relação com doenças lisossômicas, causadas pela deficiência de diferentes enzimas específicas e que provocam problemas conhecidos como síndrome de Hurler, doença de Tay Sachs e outras. "Buscamos entender o processo das proteínas trazerem informações e como elas interagem no organismo", explicou.
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O doutorando utiliza os recursos da biologia nuclear, que possibilita fazer uma avaliação mais precisa. Este trabalho teve início ainda no mestrado, realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele explica que a técnica nuclear abre vários campos, abordagens e possibilidades de informações.
Na Alemanha o doutorado é realizado profissionalmente, ou seja, o pesquisador é contratado para uma jornada diária de oito horas por dia, inclusive nos finais de semana. Os planos dele após a conclusão dos estudos é permanecer na Europa, dando continuidade às pesquisas. "Eu pude experimentar realmente o que é ciência sem fronteira contando com toda estrutura de equipamentos, laboratórios e recursos humanos", comparou ele.
Para conseguir chegar à Lebniz Universitat Hannover, Marco participou no ano passado de uma rigorosa seleção por meio de um edital internacional, que abriu somente duas vagas. Ele foi o único brasileiro aprovado na seleção. O londrinense retorna para a Universidade de Hannover já neste final de semana.