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Governos querem criar voo direto entre Brasil e Austrália para facilitar intercâmbio

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
12 jul 2019 às 17:09

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- Shutterstock
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Em cerca de dois anos, os brasileiros que quiserem fazer um intercâmbio na Austrália ou viajar a passeio poderão ter uma nova facilidade. Os dois governos atualmente trabalham em uma rota direta para interligar os dois países e o projeto deve ser viabilizado até o primeiro semestre de 2020. A medida foi anunciada após encontro do presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, e do embaixador da Austrália no Brasil, Timothy Kane.


Os dois discutiram sobre a recente isenção de vistos para australianos e também sobre como aumentar o fluxo de passageiros entre os dois países. A não obrigatoriedade de vistos para australianos entrou em vigor no último dia 17 de junho e também inclui mais três países: Estados Unidos, Canadá e Japão. A medida é unilateral, ou seja, os brasileiros continuam precisando do documento para viajar para esses destinos.

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Segundo o embaixador da Austrália no Brasil, Timothy Kane, o estado de Victória, na região sul, já teria interesse e recursos financeiros para viabilizar um voo direto entre as cidades de Melbourne e São Paulo, dois dos principais centros financeiros da Austrália e do Brasil, respectivamente.

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"Este voo será mais uma ferramenta para ampliar nossa conexão aérea, além de facilitar a ligação com outros países, como Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Malásia, Cingapura, Tailândia e China. De Xangai e Pequim, os chineses poderão chegar ao Brasil com apenas uma conexão", completou Gilson Machado Neto, presidente da Embratur.

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No ano passado, a Austrália enviou pouco mais de 40 mil turistas para o Brasil, um incremento de 24% em relação a 2017. Os brasileiros, por sua vez, também procuram a Austrália para trabalhar e estudar, já que as duas atividades são permitidas. De acordo com o mais recente Censo (2011-2016), são cerca de 461 brasileiros vivendo apenas na Austrália do Sul, um aumento de 53,7% em relação ao censo anterior. Mas a estimativa é de que esse número seja ainda maior, já que só os residentes podem responder à pesquisa censitária.


Entre 1 de julho de 2015 e 30 de junho de 2016, o número de estudantes brasileiros na Austrália bateu recorde, com um incremento de 11 mil matrículas de estudantes brasileiros nesse período, fazendo do país a terceira nação com o maior envio de estudantes, perdendo apenas para a China e para a Índia. Os motivos para o intercâmbio para tão longe são diversos e passam pela reconhecida educação de qualidade do país e as oportunidades de trabalho.

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Segundo o levantamento Studying in South Australia, Brazilian student enrolments in South Australia, a maior parte dos estudantes brasileiros matriculadas na Austrália do Sul faz cursos de inglês, educação vocacional e educação superior.


Hoje, a principal rota para a Austrália é fazer uma conexão em Santiago do Chile e pegar um voo para Melbourne. Desde quando os dois países passaram a ter rotas diretas, o número de passageiros cresceu de forma significativa. Em 2018, por exemplo, foram 135 mil turistas australianos no Chile.

Os governos brasileiro e australiano ainda não anunciaram detalhes sobre a rota. Mas tudo indica que ela também seja operada por Latam e Qantas, companhias em tese capazes de ofertar aeronaves para um percurso de pouco mais de 13 mil km em linha reta, distância entre São Paulo e Melbourne. Caso o projeto seja efetivado, será o voo direto mais longo partindo do Brasil -- atualmente, esse título é da Emirates Airline, que liga Dubai à capital paulista.


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